quarta-feira, 27 de março de 2013

INÍCIO DE INCÊNDIO PÕEM EM RISCO TRABALHADORES, ESTUDANTES E PROFESSORES DO IFCH!



por Gabriel Biro

Na sexta feira da semana passada, mais uma vez a revolta tomou conta do IFCH. Um início de incêndio, devido a um curto-circuito na sala de equipamentos do prédio da pós-graduação, colocou em risco, não só todo o prédio, mas a vida de trabalhadores, professores e estudantes.

Não há duvida para ninguém dos problemas trazidos pela precarização do trabalhado e a terceirização dos serviços em nossa universidade. Não é a primeira vez que nos deparamos com situações catastróficas aqui na Unicamp. Pelo contrario, tem sido cada vez mais recorrente nos últimos anos. Fazendo uma breve retrospectiva temos: incêndio da biblioteca do IEL semanas atrás, alagamento da biblioteca do IEL no final do ano passado, alagamento da biblioteca do IFCH em 2010, destruição de arquivos do AEL em 2009, a biblioteca do IFCH, recém-inaugurada, já tem problemas de vazamento. .
Todos estes aparentes “acidentes” têm responsáveis, nomes e endereços. E o principal deles se chama REItoria, que agora será representado pela “figura carismática” de Tadeu Jorge! Esta REItoria que recebeu milhões com os “super salários”, um fraudulento escândalo de corrupção descoberto ano passado, é a mesma que congelou a contratação de funcionários e passou a terceirizar seus postos de trabalho. Esta política nefasta, unida com o completo descaso, é a causa primeira de cada uma das catástrofes que vem, cada dia piores, assolando a Unicamp, agora colocando vidas em risco, principalmente as faculdades mais precarizadas, como são as de humanas.
No caso do IFCH, por exemplo, restou um, apenas um(!), trabalhador responsável pela manutenção de todo e supervisão de todos os prédios, enquanto todos os serviços de limpeza, que inclusive é uma parte da manutenção, foi terceirizado. Ou seja, uma política direta de precarização do trabalho, onde um trabalhador deve cumprir o papel de uma dúzia, enquanto as trabalhadoras terceirizadas recebem salários miseráveis e sem nenhum direito básico, consideradas uma parte “alheia” a universidade, além de serem submetidas jornadas desumanas de trabalho, nas piores condições que se possa imaginar. Por outro lado as empresas terceirizadas contratadas nas construções não tem a menor responsabilidade com o patrimônio e o dinheiro público, seu objetivo exclusivo é o lucro. Isto para não falar das inúmeras vezes que as empresas terceirizadas falem deixando obras abandonadas e trabalhadores sem salário e emprego por todo o campus, como aconteceu inúmeras vezes aqui no IFCH; ou então dos problemas de saúde e acidentes de trabalho que sofrem cotidianamente os trabalhadores destas empresas. A destruição dos acervos e a ruína da saúde física dos trabalhadores deixam evidente que essas trabalhadoras terceirizadas tem de receber os mesmos direitos de um trabalhador da Unicamp, e ser incorporadas ao quadro de funcionários efetivos da universidade, acabando com a divisão e a precarização do trabalho.
Cada uma dessas catástrofes que vem acontecendo na Unicamp, de inundação a incêndio, não são acidentais, são criminosos! Crimes de uma REItoria corrupta que enche os bolsos dos donos das empresas terceirizadas e precariza o trabalho e as estruturas da universidade.
Quantos incêndios mais serão necessários? Quantas inundações? Quantas vidas em risco? O movimento estudantil precisa levantar uma campanha urgente contra esta política nefasta de REItoria, dando uma solução de uma vez por todas para isto! Junto aos trabalhadores efetivos e terceirizados podemos impor a contratação de novos funcionários, a expulsão das empresas terceirizadas, e a incorporação imediata dos trabalhadores terceirizados,  sem a necessidade de concurso publico!
Convocamos os estudantes do IFCH e o CACH a construir, assim como fizemos em 2010, uma ampla campanha unificada contra a precarização das estruturas e do trabalho no IFCH!

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