Juventude às Ruas!

Fim do massacre ao povo palestino! Fim dos ataques do Estado de Israel à Faixa de Gaza! Palestina LIVRE!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Conteúdo de panfleto distribuído pela Juventude Às Ruas nos dias de matrícula dos ingressantes na USP da FFLCH e da FE


Lutar não é crime! 

Por todo o mundo levanta-se a juventude, sensível aos horrores de ditaduras, monarquias obsoletas, governos corruptos, falsas democracias, que atendem aos interesses dos grandes capitalistas e nada reservam a nossa geração. No Brasil ainda prima certa passividade, mas sabemos que não passará ileso ao furacão da crise, iniciada há 5 anos, sem saída aos grandes capitalistas. Trabalhadores e juventude já são obrigados a se colocar contra os ataques do governo e dos patrões, lutando pela garantia de seus direitos e para que não lhes sejam tomados aqueles que conquistaram com muita luta. Assim, a repressão e a criminalização dos movimentos sociais tornam-se necessárias à manutenção da ordem vigente, impedindo o acirramento dos novos processos abertos na dinâmica da luta de classes.
A denúncia do Ministério Público de SP contra os 72 estudantes e trabalhadores que ocuparam o prédio da reitoria em 2011 (durante mobilização contra a presença da PM no campus, prevista por acordo entre a polícia mais assassina do mundo e a reitoria da USP) é o golpe mais duro da mesma mão que há pouco puniu com suspensões de 5 a 15 dias, em base ao Regimento Disciplinar de 1972, de plena ditadura militar, aos que se opuseram radicalmente a um projeto de universidade: racista, elitista, privatista, onde se impõe a força do aparelho repressor do Estado para garantir as amarras do capital privado sobre o conhecimento ali produzido. As denúncias por desacato à ordem judicial, pichação, depredação do patrimônio público e formação de quadrilha (!), que somam pena de até 8 anos de prisão, é o maior ataque ao Movimento Estudantil desde os anos de chumbo. Eliane Passarelli, em acordo com Rodas e Alckmin, lança este junto aos demais golpes da reitoria e do governo do Estado ao movimento, como o do início de 2012, aos oito estudantes eliminados, ou a demissão de Claudionor Brandão, diretor sindical do SINTUSP (Sindicato dos Trabalhadores da USP), em 2008. Têm por objetivo amedrontar e impedir de ir à luta o conjunto dos estudantes e funcionários.
Foi-nos colocado um imperativo à luta. Some-se à Juventude às Ruas! pela revogação imediata de todas as suspensões e punições contra esses estudantes e trabalhadores! Pela reintegração de Brandão e dos 8 estudantes eliminados! Pela retirada da denúncia do MP e arquivamento de todos os processos contra lutadores! Não devemos aceitar a repressão que busca coibir a organização e manifestação política! Basta de política "do medo" e repressão, herdeiras da ditadura!



Universidade para quem?

Uma nova etapa se inicia para aqueles que acabaram de entrar na USP e muitas são as expectativas para este ano. Mas a USP vista por quem está de fora dela não é a mesma para quem convive diariamente com suas contradições, algumas já explicitadas no dia da matrícula.
Depois do vestibular, os trotes realizados contra os alunos que nela ingressam (chamados “bixos” não à toa, mas porque deveriam ser adestrados por seus veteranos!) historicamente reproduzem práticas machistas, homofóbicas, racistas e preconceituosas, colocando muitos em situação constrangedora, numa suposta comemoração que passa por fora de pensar aqueles milhares que não ingressaram na universidade ou o porquê disso. É necessário que nos coloquemos desde o início contra a opressão! Aos que passam a estudar na USP, que se diz de “excelência”, ainda é presente resquícios do trauma do vestibular, realidade em apenas 3 países da América Latina, filtro social que seleciona aqueles mais “aptos”, dentro da lógica de uma universidade elitista e racista: alunos brancos, em sua maioria egressos de escolas particulares ou cursinhos privados. Assim, dentre os quase 160 mil inscritos na FUVEST, apenas pouco mais de 10 mil, míseros 6%, acabam entrando na USP, e deles apenas pouco mais de 20% são originários de escolas públicas.
Para conservar tal situação, reitoria e governo mantêm mecanismos que barrem uma transformação radical da universidade: sua estrutura de poder totalmente antidemocrática, na qual o reitor, João Grandino Rodas, reina juntamente com os membros do CO (Conselho Universitário), com a força do aparato da PM, pautados no regimento de 1972, etc.
Nós, da Juventude ás Ruas!, lutamos por uma universidade verdadeiramente pública, gratuita e de qualidade para todos. Queremos ir além da miséria do possível, seguindo os exemplos da juventude egípcia, espanhola, chilena, somando-nos à juventude sem medo! Lutamos pelo fim do filtro social do vestibular; pela dissolução do reitorado e do CO – agentes da repressão aos que lutam contra o projeto colocado para a universidade e sua subordinação aos interesses do capital privado – por um governo das três categorias, estudantes, funcionários e professores, decidindo os rumos da universidade de excelência que constroem cotidianamente.

MOÇÃO da Oposição Alternativa da APEOESP contra a denuncia aos 72 DA USP

Nós, da Oposição Alternativa da Apeoesp, que lutamos para transformar nosso sindicato em um instrumento combativo e classista para lutar por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos, nos opomos radicalmente à repressão aos lutadores da USP atualizada na apresentação da denuncia contra 72 pessoas, entre estudantes, trabalhadores e apoiadores do movimento político de ocupação da reitoria.

O Ministério Público de São Paulo, a serviço do Reitor Rodas e do Governador Alckmin, na figura de Eliana Passarelli, indicou no dia 15/2 a acusação de, entre outras coisas, formação de quadrilha, num total de pena que poderá chegar a 8 anos de prisão, sem nenhum precedente, nem nos tempo de ditadura.


Numa conjuntura de aumento da repressão e ataques aos movimentos sociais, aos partidos e organizações sindicais de esquerda e aos movimentos de trabalhadores, esse ataque representa mais uma ofensiva contra os lutadores e estudantes da USP, mas também a todos os lutadores da educação.


É fundamental somarmos todas as forças em defesa desses lutadores.


Nos colocamos lado a lado na defesa desses lutadores e desde já nos comprometemos a compor a reunião chamada para o dia 20/02 com o intuito de por de pé uma grande campanha democrática em defesa dos 72 e contra todas as perseguições contra os trabalhadores.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Conteúdo de panfleto distribuído pela Juventude Às Ruas no primeiro dia de matrícula dos ingressantes na Faculdade de Direito da USP

Em primeiro lugar, gostaríamos de dar boas vindas aos novos calouros que ingressam na universidade. Mas não podemos deixar de lembrar que a alegria de receber os novos calouros vem acompanhada de um fato triste: o não ingresso de muitos na universidade pública. Para cada novo estudante são mais de 10 pessoas que não conseguiram ingressar em nossa universidade. O filtro social do vestibular mantém o acesso ao ensino público restrito e associado a estrutura de poder antidemocrática da universidade, formam uma universidade elitista cuja produção de conhecimento está a serviço dos grandes empresários e dos interesses do capital. Por isso nossas boas vindas vêem acompanhada de uma chamado a todos os calouros a se incorporarem à nossa luta pela democratização da universidade e pelo fim do vestibular.


Em 27 de Outubro de 2011 uma manifestação espontânea de estudantes da FFLCH expulsou a PM da faculdade e gerou uma forte mobilização contra o convênio firmado entre a reitoria e a Polícia Militar, que já vinha sendo utilizada como forma de intimidação ao movimento sindical e estudantil, com a prisão de um dirigente do Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) e a invasão da PM no campus em 2009, para acabar com uma greve de trabalhadores. A mobilização que surgiu no dia 27 de Outubro gerou a ocupação do prédio da administração da FFLCH e, posteriormente, da Reitoria. O governo do estado em conluio com a reitoria reagiu de forma brutal: uma violenta reintegração de posse que contou com um "aparato de guerra" de mais de 400 homens, helicópteros, etc.
A última aparição da USP na mídia foi no início deste mês, quando tornou-se público a reacionária denúncia movida pela promotora do MP, Eliana Passarelli, contra os 72 estudantes e trabalhadores que ocuparam a reitoria no final de 2011, lutando por uma universidade verdadeiramente democrática, aberta a toda a sociedade, mas também buscando fazer ecoar as demandas dos trabalhadores e do povo pobre, contra a brutal repressão policial que sofrem cotidianamente da polícia mais assassina do mundo. As denúncias feitas pelo MP, em particular a de formação de quadrilha, tem como objetivo tratar o movimento estudantil, que lutava e luta, contra o projeto privatista de Rodas e do governo tucano, com políticas de criminalização. Mostrando estar muito bem articulada com os setores mais reacionários desse estado a grande mídia divulgou a denúncia do MP aos estudantes, que foram tratados por esta com "bandidos" e "terroristas". Essa campanha reacionária, articulada entre reitoria, MP e mídia, é parte da política de criminalização dos movimentos sociais levada pelo governo do PSDB no estado de São Paulo e de conjunto pela classe dominante também na esfera federal via os governos Lula e Dilma ao longo dos últimos anos.
A luta contra a repressão e a criminalização desde então se faz reproduzir em toda sociedade. Da brutal repressão das famílias do Pinheirinho em São José dos Campos (2011), até a recente ameaça de reintegração de posse do assentamento Milton Santos em Americana-SP e a onda de assassinatos de militantes do MST no campo, o que temos visto nos últimos anos é um incremento da repressão oficial sobre qualquer movimento contestatório, havendo até utilização das forças armadas para enfrentar greves operárias radicalizadas nas obras do PAC do Governo Federal - em Jirau, Suapes e Belo Monte. A atual denúncia reacionária do MP deve ser interpretada por todos os movimentos sociais e populares, nos marcos de uma crescente onda repressora onde cada vez mais a classe dominante mostra sua verdadeira face, e sua disposição de usar todo o seu aparato repressivo-ideológico contra os trabalhadores, o povo pobre, ou qualquer setor que se levante para resistir aos ataques que a elite desse país executa afim de garantir seus lucros frente à histórica crise capitalista em curso que começa a se instaurar no país.
A absurda denuncia do MP é um ataque de magnitude distinta a esse processo iniciado com a "operação de guerra" arquitetada pela PM, o governo do estado e a reitoria. No início do ano a reitoria divulgou as penas dos processos administrativos abertos contra os estudantes e trabalhadores que participaram da ocupação da reitoria: suspenções que vão de 5 a 15 dias. Assim, faz parecer que impunha penas "brandas", enquanto articulava junto ao MP, do mesmo governo tucano que elegeu Rodas reitor, essa denúncia que se acatada e julgada pode levar a penas de até 8 anos de prisão. Não aceitaremos nenhuma punição a lutadores! Essa "pena branda", nada mais é que uma intimidação a todo movimento estudantil e de trabalhadores a qualquer lutador que queira resistir aos ataques na universidade. Coloca uma corda no pescoço desses que se levantaram contra a linha reacionária do governo do estado de São Paulo não apenas dentro da universidade, mas também fora dela.
É preciso, portanto, que cada organização democrática, cada movimento social, sindical e estudantil engajem-se numa ampla campanha pelo imediato arquivamento da denúncia do MP que criminaliza 72 lutadores, no marco da luta contra a criminalização dos movimentos sociais. Desta campanha já fazem parte dezenas de entidades do movimento de estudantes e trabalhadores, movimentos sociais, intelectuais, políticos etc. É preciso impedir que este ataque abra precedentes e criem um ambiente de naturalização da criminalização de todo aquele que se coloca em movimento, de toda aquela que se põe em luta. O governo tucano que quer prender estudantes da maior universidade do país, acusando-os por "formação de quadrílha" quando estes se põem em movimento contra o regime anti-democrático que existe dentro da universidade de São Paulo, que pune estudantes baseado num estatuto que remonta ao período da ditadura militar, é o mesmo governo que reprime violentamente os movimentos por moradia e por terra, etc
Os estudantes de Direito, em particular, tem uma papel central a cumprir, frente a este ataque do MP. É necessário em primeiro lugar cercar de solidariedade todo e toda lutadora criminalizado pelo Ministério Público e Reitoria, por meio de notas de apoio das entidades e participação ativa na construção da campanha pelo arquivamento da denúncia. Outrossim, a iniciativa de criminalização partiu do Poder Judiciário, revelando, junto com a aberração jurídica da reintegração de posse do Pinheirinho, do despejo do Milton Santos ou do leilão das máquinas da fábrica ocupada por trabalhadores da Flaskô, enfim, demonstrando o verdadeiro caráter de classe do poder Judiciário e sua subordinação aos interesses dos detentores do poder econômico no país. Como estudantes de Direito, devemos colocar todo nosso conhecimento a serviço dos trabalhadores, estudantes e dos movimentos sociais vítimas de processos administrativos ou criminais, engajando-se não só na defesa jurídica desses movimentos, como efetivamente tomando parte daquelas lutas, ombro a ombro, junto aos trabalhadores e estudantes criminalizados.
Fazemos um chamado ao Centro Acadêmico XI de Agosto e demais entidades estudantis e correntes políticas da FDUSP a se somarem nesta campanha, participando ativamente desta luta e, além disso, chamamos que se declarem publicamente em apoio à campanha e pelo arquivamento da denúncia. Também convidamos todos os estudantes da Faculdade de Direito a fazer coro a essa ampla campanha.
No dia 20 de fevereiro ocorrerá na sede do DCE, no campus do Butantã, às18h, a plenária unificada dos 3 setores da universidade (Sintusp, DCE e Adusp), onde se discutirá e se organizará a defesa dos 72 lutadores e a campanha democrática contra a denúncia do MP. É importante que todas as entidades, correntes e estudantes estejam presentes!

PELO IMEDIATO ARQUIVAMENTO DA DENÚNCIA DO MP CONTRA OS 72 ESTUDANTES E TRABALHADORES DA USP! REVOGAÇÃO DAS SUSPENSÕES, NENHUMA PUNIÇÃO! FIM DE TODOS OS PROCESSOS, REINTEGRAÇÃO IMEDIATA DE BRANDÃO E DE TODOS OS ESTUDANTES ELIMINADOS!
CONTRA A CRIMINALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Deputado Estadual Carlos Giannazi: Apoio aos estudantes da USP


Publicado em 09/02/2013

Giannazi manifestou seu apoio aos estudantes da USP, acusados de formação de quadrilha pelo Ministério Público. O parlamentar criticou a gestão do reitor João Grandino Rodas. "O reitor foi nomeado para o cargo sem que houvesse eleição." Giannazi destacou que os 72 alunos foram vítimas de ação violenta da PM durante a reintegração de posse da reitoria. "Agora todos eles estão sendo acusados de crime hediondo e podem ser expulsos da USP. Nem na época da ditadura militar o Ministério Público se comportou dessa maneira."




Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=u7QRLuD2C6s

NOTA DO METROVIÁRIOS PELA BASE SOBRE A DENUNCIA AOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA USP


REPUDIAMOS A ESCANDALOSA DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA OS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA USP!

No último dia 5 de fevereiro, 72 estudantes e trabalhadores da USP, receberam a notícia de que haviam sido denunciados ao Ministério Público pela reacionária promotora Eliana Passarelli como formadores de quadrilha e destruidores do patrimônio público, entre outros absurdos, pela ocupação da reitoria em 2011 contra a presença da PM no campus. As penas aos estudantes e trabalhadores podem chegar a até 12 anos de prisão. A reitoria da USP, que queria aparecer tratando a ocupação apenas com "penas leves" administrativas (5 dias de suspensão aos estudantes e 15 aos trabalhadores), mostrou, na verdade, estar escondendo uma articulação com o Governo do Estado (Alckmin) e o Ministério Público para lançar mão de um ataque profundo ao movimento da universidade.

O governo Alckmin é justamente o que vem, no ultimo ano, aprofundando sua política repressiva contra os trabalhadores e a juventude que lutam e contra os movimentos sociais, como vimos no caso da desocupação truculenta do Pinheirinho, recentemente do assentamento Milton Santos, além de demissões de trabalhadores e repressão ao movimento estudantil. Nós, metroviários, também sofremos com a truculência desse governo que, no ano passado, articulado também com a justiça burguesa (neste caso, o Tribunal Regional do Trabalho), multou nosso Sindicato, declarando nossa greve ilegal. Em conjunto com a alta cúpula do Metrô, esse governo que privatiza é o mesmo que precariza as condições de transporte e de trabalho. Recentemente lançaram uma ofensiva contra os metroviários, buscando responsabilizar e punir os trabalhadores pelas falhas causadas pela displicência do governo e da empresa, como a recente colisão no Pátio Jabaquara (neste caso, passando por cima de decisão unânime da própria CIPA que não responsabilizou o trabalhador pelo acidente e determinou que ele não sofresse nenhuma punição).

Nós, do Metroviários pela Base, repudiamos fortemente essa tentativa do governo e da reitoria da USP de criminalizar os estudantes e trabalhadores da USP, uma vez que nem o próprio governo acredita em tais acusações, eles sabem que os 72 não cometeram crime algum. O governo articula desta forma utilizando tais acusações como instrumento ideológico a fim de convencer e manipular o pensamento de uma grande parte da população carente de informação com apenas uma unica finalidade: reprimir qualquer forma de luta, seja dos estudantes ou dos trabalhadores, que lutam por um outro projeto de universidade. O Grupo Metroviários pela Base se soma à campanha democrática pela retirada imediata da denúncia do MP!!!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Nota do Deputado Carlos Giannazi em repúdio à denúncia no MP de SP contra os 72 estudantes e funcionários da USP


No dia 05 de fevereiro de 2013, noticiou-se uma acusação, no Ministério Público de São Paulo, contra 72 estudantes e funcionários da Universidade de São Paulo, por conta da participação na ocupação do prédio da reitoria em 2011. A denúncia, realizada pela promotora Eliana Passarelli, acusa os manifestantes pelos crimes de danos ao patrimônio público, pichação, desobediência judicial e formação de quadrilha. Em entrevista à imprensa, a promotora referiu-se aos estudantes como “bandidos” e “criminosos”.
Esta acusação, além de apresentar inconsistências jurídicas, representa a intenção de criminalizar os estudantes da universidade, o movimento estudantil e os movimentos sociais no estado de São Paulo como um todo. É um grave ataque ao direito constitucional de livre manifestação e organização política.
Enquanto Deputado Estadual, sempre me coloquei ao lado dos estudantes, professores e funcionários da USP, apoiando sua luta pela construção de uma universidade em que predomine a democracia. Agora, diante da absurda acusação apresentada no Ministério Público de São Paulo, solidarizo-me novamente ao movimento social da USP e declaro o apoio de nosso mandato aos estudantes, funcionários e professores da universidade. Nosso mandato já estuda as melhores medidas concretas a serem tomadas nesse sentido no próximo período.

São Paulo, 08 de fevereiro de 2013.
Deputado Estadual Carlos Giannazi
Fonte: http://psolsaopaulo.org/2013/02/nota-do-deputado-carlos-giannazi-em-repudio-a-denuncia-no-mp-de-sp-contra-os-72-estudantes-e-funcionarios-da-usp/

NOTA DA UNE E UEE-SP EM REPÚDIO AO MP DE SÃO PAULO

Em clara perseguição, Ministério Público do estado enquadra estudantes no crime de “formação de quadrilha” pela ocupação da USP

A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP) vêm a público manifestar o seu total repúdio contra a decisão do Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio da promotora Eliana Passarelli, em denunciar 72 estudantes que participaram, em 2011, da ocupação da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) por formação de quadrilha, posse de explosivos, dano ao patrimônio público, desobediência e crime ambiental por pichação.

A acusação se deu pela ação do movimento estudantil no ano de 2011, como forma de protesto contra a presença da Polícia Militar dentro do campus. Mediante ordem judicial, após oito dias os estudantes saíram do prédio escoltados pela Tropa de Choque da PM, que realizou a reintegração de posse.

Respeitamos o Ministério Público quanto instituição defensora da ordem jurídica e órgão articulador para garantia ao cidadão, porém repudiamos a criminalização dos movimentos sociais e o movimento estudantil. Entendemos que o ato de protesto realizado pelos estudantes tinha como função apenas pressionar a reitoria da universidade para a retirada da Polícia Militar do campus.

O livre trânsito da Polícia Militar dentro da USP vai na contramão do conceito do território livre que deve ser a universidade. É inadmissível que policiais usem a força repressora do Estado dentro do campus, ambiente livre para o pensamento e a livre circulação do conhecimento.

A UNE e a UEE-SP se posicionam contrariamente a toda e qualquer forma de cerceamento de liberdade, tendo como um de seus maiores princípios a luta pela livre expressão e manifestação. Por isso, mais uma vez prestamos solidariedade e apoio aos estudantes da USP que, por meio da união de forças, lutaram pela garantia de seus direitos.

São Paulo, 07 de fevereiro de 2013

União Nacional dos Estudantes
União Estadual dos Estudantes de São Paulo

Fonte: http://www.une.org.br/2013/02/nota-da-une-e-uee-sp-em-repudio-ao-mp-de-sao-paulo/

LER-QI: ESCANDALOSA DENUNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO É UM HISTÓRICO ATAQUE AOS ESTUDANTES E TRABALHADORES DA USP

Por Diana Assunção, diretora do Sindicato dos Trabalhadores da USP (SINTUSP)


Hoje a reacionária promotora Eliana Passarelli denunciou ao Ministério Público os 72 estudantes e trabalhadores da USP que lutavam contra a presença da polícia militar fora e dentro da universidade, e por uma universidade verdadeiramente pública e democrática.

A denúncia é, entre outras coisas, de formação de quadrilha e depredação de patrimônio público que indica o mínimo de 8 anos de prisão. Fica evidente que as aparentes "penas mais leves" de Grandino Rodas que suspendeu dezenas de estudantes e trabalhadores estava sendo articulada com o governo do estado de São Paulo dirigido pelo PSDB para denunciar por formação de quadrilha estes mesmos estudantes e trabalhadores.

Um verdadeiro escândalo nacional, de parte de um governo que vem reprimindo desde os moradores do Pinheirinho até o assentamento Milton Santos, trabalhadores pobres e sem-teto, movimentos sociais e sindicais, com novas demissões. Ao mesmo tempo o Ministério Público não tem a menor vergonha de investigar por formação de quadrilha o movimento estudantil e de trabalhadores, quando os verdadeiros bandidos estão no Congresso Nacional, no Senado e nos próprios governos, perpetuando repressão e opressão para o conjunto da população e ganhando muito dinheiro pra isso - livres e impunes, estes sim "depredando o patrimônio público".

Todo o apoio democrático de centenas de professores, estudantes, intelectuais, jornalistas, artistas, juízes, trabalhadores, movimentos sindicais, de direitos humanos, devem se fazer sentir neste momento para rearticular uma enorme campanha democrática contra a criminalização dos movimentos sociais e pela anulação imediata desta denúncia absurda. Que todas entidades estudantis e de trabalhadores se manifestem urgentemente em apoio a todos os trabalhadores e estudantes. Estaremos nos articulando para tomar todas as medidas jurídicas e políticas diante deste enorme ataque. Se atacam um, atacam todos!




Fonte: http://www.ler-qi.org/spip.php?article3739

Fórum Aberto pela Democratização da USP: Nota pelo não recebimento da denúncia do MPE contra estudantes e funcionários da USP


No dia 31 de janeiro de 2013, a reitoria da USP finalizou o andamento de processos administrativos contra estudantes e funcionários tendo por fundamento o decreto n°52.906/1972, conhecido como regime disciplinar da USP, editado em consonância com o Ato Institucional n°5. As punições compreendem de 5 a 15 dias de suspensão para 72 estudantes e funcionários da USP por participarem do movimento político que ocupou o prédio da reitoria em novembro de 2011, na luta contra a militarização da Universidade e a violência policial.
Menos de uma semana após a determinação das punições administrativas, no dia 5 de fevereiro, o Ministério Público Estadual (MPE) denuncia os 72 estudantes, funcionários e manifestantes por formação de quadrilha, posse de explosivos, danos ao patrimônio público, desobediência e crime ambiental por pichação, que indicam o mínimo de 8 anos de prisão.
A criminalização do movimento político na universidade, além de ser confirmada com as punições aparentemente leves (suspensões de até 15 dias), previstas em regime disciplinar, tem nova faceta na investigação criminal do movimento político no Ministério Público Estadual e escancara a evidente criminalização dos movimentos sociais e políticos, fora e dentro da Universidade.
As punições referentes aos processos administrativos consolidam o fato de que a reitoria da USP, amparada pelo regimento disciplinar, segue empreendendo o acordo com a Polícia Militar, com a evidência, hoje, de que não há por parte da reitoria, qualquer tipo de política de “segurança” que não seja a presença da PM. Nada foi realizado no campus em relação à melhor iluminação das vias, por exemplo. Nesse sentido, a ameaça de prisão vem se constituir em mais uma medida de judicialização da política, que coíbe o debate, a participação e a manifestação de ideias.
Nesse sentido, faz-se necessário somar esforços em defesa dos estudantes e funcionários punidos administrativamente e, desde o dia 5 de fevereiro, denunciados pelo Ministério Público Estadual, para que se pleiteie junto ao juiz de direito competente o não recebimento da denúncia e para que se exija, perante a direção da Universidade, a imediata reconsideração dos processos disciplinares.
Assinam:
Fórum Aberto Pela Democratização da USP
ADUSP – Associação dos Docentes da USP
SINTUSP – Sindicato dos Trabalhadores da USP
DCE Livre da USP Alexandre Vanucci Leme
APG USP – Associação de Pós-Graduandos Helenira “Preta” Rezende
CAHIS – História/USP
Guima – Relações Internacionais/USP
CEUPES Ísis Dias de Oliveira – Ciências Sociais/USP
CAF – Filosofia/USP
CEPEGE – Geologia/USP
CEGE – Geografia/USP
CAER – Nutrição e Saúde Pública/USP
AAAXVO – Atlética, Pedagogia/USP
CAPPF – Pedagogia/USP
APROPUC
ANDES-Sindicato Nacional
UEE – União Estadual dos Estudantes de São Paulo
UNE – União Nacional dos Estudantes
João Adolfo Hansen – Docente FFLCH
Leon Kossovitch – Docente FFLCH
Adrián Pablo Fanjul – Docente FFLCH
Jorge Luiz Souto Maior – Docente FDUSP
Luiz Renato Martins – Docente ECA
Otilia B. Fiori Arantes – Docente FFLCH
Paulo Eduardo Arantes – Docente FFLCH
Franklin Leopoldo e Silva – Docente FFLCH
Luís César Oliva – Docente FFLCH
Zilda Iokoi – Docente FFLCH
Osvaldo Coggiola – Docente FFLCH
Claus Akira Horodynski-Matsushigue – Docente – Matemática UNB
Renato Hilário – Docente – Educação UNB
Altino Bomfim – Docente UFBA
Lighia B. Horodynski-Matsushigue – Docente IFUSP
Deputado Estadual Carlos Giannazi (PSOL)
Levante Popular da Juventude, Juntos, Ler-QI, Rompendo Amarras, Para Além dos Muros, Movimento Negação da Negação, Universidade em Movimento, Juventude às Ruas, Território Livre, Partido Operário Revolucionário, Consulta Popular


Para assinar, envie email para: democraciausp@gmail.com
Fonte: http://democraciausp.org/?p=61

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Declaração da Juventud del PTS: ¡ABAJO LA CAUSA CONTRA LOS 72!


¡ABAJO LA CAUSA CONTRA LOS 72!


Ante la escandalosa denuncia contra 72 estudiantes y trabajadores de la USP – Brasil

¡ABAJO LA CAUSA CONTRA LOS 72! ¡NINGÚN ESTUDIANTE NI TRABAJADOR PRESO POR LUCHAR CONTRA LA POLICÍA!

USP

El día martes 5 de febrero, al tiempo que en Argentina nos movilizábamos contra la avanzada represiva del Gobierno Nacional, en Brasil la fiscal Eliana Passarelli denunció ante el Ministerio Público a 72 estudiantes y trabajadores de la Universidad de San Pablo (USP) que fueron parte de la intensa lucha contra la presencia de la policía militar en 2011 dentro de la USP, y por la democratización de la Universidad Pública. Ese año, estudiantes y trabajadores de la USP, ocuparon el rectorado durante seis días para impedir la entrada de la policía militar a la Universidad, a partir del acuerdo firmado entre la Rectoría y el estado de San Pablo. En ese momento fueron reprimidos y detenidos por esta misma fuerza violando la autonomía universitaria y el derecho de estudiantes y trabajadores a pelear por sus reivindicaciones. Ahora, la fiscalía quiere procesar a las y los 72 estudiantes y trabajadores, entre ellos a militantes de la LER-QI, organización hermana del PTS en Brasil, acusándolos de “conspiración, daño a la propiedad, el graffiti y el incumplimiento de una orden judicial”, que tiene una pena mínima de 8 años de prisión.
Esta reaccionaria y escandalosa denuncia, se da en el marco de una escalada represiva y una de las mayores olas de violencia contra el pueblo pobre y la juventud en el Brasil gobernado por el PT de Dilma y Lula, y con particular virulencia en el Estado de San Pablo, donde los barrios pobres están sitiados por la policía militar, dejando un saldo diario de ¡16 muertes (tres de ellos niños/as)! a manos de esta reaccionaria fuerza, que quedan totalmente impunes.
Por eso, no es casual que quieran procesar a quienes se organizan para rechazar a la policía militar dentro y fuera de la USP. Pero este no es un caso aislado, es un nuevo ataque conjunto del Rector Grandino Rodas y el Estado de San Pablo para amedrentar y disciplinar a las y los estudiantes y trabajadores, en continuidad con la sistemática política antisindical y represiva dentro de la USP, que hasta ha llevado a estudiantes a intentos de suicidio (¡!),  y es la antesala para nuevas suspensiones y expulsiones a estudiantes y despidos de trabajadoras y trabajadores. Un ejemplo es el despido de Claudionor Brandão y el proceso contra varios dirigentes de SINTUSP por haber participado en una huelga en 2010, en un caso lleno de irregularidades.
Desde la Juventud del PTS repudiamos este reaccionario ataque. Nos solidarizamos y exigimos el desprocesamiento inmediato de las y los 72 estudiantes y trabajadores de la USP. Entendemos que es una tarea de primer orden, y llamamos a todas las organizaciones estudiantiles, Centros y Federaciones, organismos de DD.HH., docentes, artistas, etc., a impulsar una gran campaña democrática y de solidaridad con las y los hermanos brasileños, exigiendo el cese de la persecución.
Además de esta avanzada criminalizadora en Brasil, en los últimos años de agudización de la crisis internacional, hemos visto el enorme despliegue de las fuerzas represivas contra millones de jóvenes en todo el mundo. Miles de trabajadores y estudiantes toman las calles contra los ajustes y la miseria que los capitalistas pretenden descargar sobre el pueblo trabajador y pobre. Ya lo vimos en Europa de la mano de la juventud Griega, en España y Francia donde miles se ponen de pie; en Medio Oriente donde los jóvenes enfrentan a regímenes totalitarios; en EEUU con los “Ocupy” y en América Latina, con el poderoso movimiento estudiantil chileno y el “yosoy132” de México.
Los capitalistas despliegan todo su aparato militar, temiendo que la fuerza de estos trabajadores y los jóvenes combativos pongan en peligro sus intereses. Es por eso que la lucha de toda esa juventud que se levanta contra los ataques del capitalismo, se transforma también en nuestra propia lucha. Por eso es fundamental impulsar la más amplia solidaridad y nuestra unidad internacionalista para frenar estos ataques y evitar que la crisis se descargue sobre nuestras espaldas.
Basta de represión a la juventud y el pueblo trabajador y pobre!
Exigimos el inmediato desprocesamiento de todos los estudiantes y trabajadores de la USP!
Exigimos la salida inmediata de la policía militar del campus universitario y sus inmediaciones. Abajo la militarización de los barrios pobres!
Por la autonomía universitaria, basta de criminalización y persecución policial!
Toda nuestra solidaridad con nuestros hermanos en Brasil y con toda la juventud que se levanta en el mundo contra la represión y los ataques del capitalismo!


Fonte:  http://lossospechososdesiempre.wordpress.com/2013/02/07/abajo-la-causa-contra-los-72/

DCE-UNIFESP repudia ação do Ministério Público contra 72 Estudantes da USP


O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de São Paulo, se manifesta por meio desta moção em repúdio à denúncia contra os estudantes da Universidade de São Paulo (USP), apresentada pelo Ministério Público, no último dia 5 de fevereiro, sustentando que, em meio à violenta reintegração de posse da Reitoria em 2011, os alunos teriam sido responsáveis por supostos danos ao patrimônio público, desobediência judicial, crime ambiental e formação de quadrilha.
Apoiamos o movimento Uspiano em sua denúncia à postura ditatorial do Reitor João Grandino Rodas, que faz uso da ausência de espaços democráticos na universidade para impor sua vontade à força, com o uso da polícia, sindicâncias e processos criminais.
Entendemos que a ação do Ministério Público, e o discurso da promotora Eliana Passarelli ao chamar publicamente os estudantes de bandidos e criminosos são um claro ataque, não só aos estudantes da USP, mas ao conjunto do Movimento Estudantil Nacional.
Chamamos, assim, os estudantes da Unifesp a se mobilizarem em torno destas reivindicações:
- CONTRA A PRESENÇA DA PM NOS CAMPI!
- PELO FIM DOS PROCESSOS NA USP E NA UNIFESP! LUTAR NÃO É CRIME!
- PELA DEMOCRATIZAÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS!


Fonte: http://chapavezdavoz.wordpress.com/2013/02/06/dce-unifesp-repudia-acao-do-ministerio-publico-contra-72-estudantes-da-usp/

ANEL: Os estudantes tem direito à lutar! Nota de repúdio ao Ministério Público de São Paulo.

  No dia de ontem, 05/02/2013, um dos maiores ataques ao movimento estudantil da Universidade de São Paulo foi concretizado pelo Ministério Público: a acusação dos 72 estudantes que estiveram na ocupação da reitoria da USP em 2011 por formação de quadrilha, danos ao patrimônio e descumprimento da ordem judicial.
Nós, da ANEL, repudiamos completamente tal ação, assim como as declarações de Eliana Passarelli; a promotora, que em suas falas chama os estudantes de bandidos e criminosos!Não temos duvida que esse é um ataque a organização dos estudantes que manifestam suas opiniões e se movem por suas reivindicações dentro da universidade e fora dela.

  Vimos ao longo da gestão de João Grandino Rodas uma forte perseguição ao movimento estudantil e de trabalhadores, fazendo coro a política do PSDB, em São Paulo, de criminalização dos movimentos sociais. Essa ação não vem descolada dessa política; que colocou a cavalaria, helicópteros e etc dentro da USP para retirar menos de 100 estudantes de uma ocupação; que desapropria terrenos com toda truculência possível, agredindo a população mais pobre, como no Pinheirinho; que assassina a população negra nas periferias todos os dias, com a polícia mais violenta do país; essa é a política do Governo de Geraldo Alckmin, que culmina nessa desmedida ação do M.P. contra os estudantes.

  Não temos duvida de que essa ação tem como principal objetivo assustar os estudantes e derrotar com o movimento estudantil da USP, que possui um histórico de lutas e um potencial que reverbera por todo país. A principal Universidade brasileira, a mais elitizada e a de maior prestígio, passa por um difícil processo, no qual está em curso uma batalha da reitoria com qualquer movimento de resistência e de luta por um outro projeto de universidade. O que a reitoria não conta é com a força de seu inimigo que travará uma disputa sem tamanho em defesa de seu direito de lutar.

  Nós, da ANEL, nos colocamos ao lado desses 72 estudantes e de mais todos aqueles que na USP se colocam contrários à esse projeto. Nos colocamos ao lado desses estudantes que há mais de um ano atrás se mobilizaram pra dizer não a política de mandos e desmandos da reitoria, a revelia dos trabalhadores, estudantes e professores. E, por isso, não temos duvida que esse movimento estudantil combativo e histórico dará uma resposta a altura até barrar esse ataque, e nós estaremos ao lado dessa luta.

  Desde já convocamos a todos para se somarem à esse processo, escrevendo moções de repúdio e de apoio ao corpo estudantil da Universidade de São Paulo.

  Todo apoio à luta dos estudantes e trabalhadores na USP! E pela retirada imediata da denúncia feita pelo MP. Assinem a petição:

http://www.avaaz.org/po/petition/Pela_retirada_imediata_da_denuncia_do_MP_aos_72_estudantes_da_USP_por_formacao_de_quadrilha/?cqeIxbb


[Assembleia na USP em 2011]


Fonte: http://anelonlinesp.blogspot.com.br/2013/02/nota-de-repudio-ao-ministerio-publico.html

Um histórico ataque ao movimento estudantil e de trabalhadores! Não passarão! Nota da Juventude Às Ruas contra à repressão aos 72 lutadores da USP

  Nesta terça-feira, 5 de Fevereiro, a promotora reacionária Eliana Passarelli denunciou ao Ministério Público do Estado de São Paulo os 72 estudantes e trabalhadores da USP que foram presos na reintegração de posse da ocupação da reitoria da universidade no final do ano de 2011, onde reivindicavam a saída da PM do campus, o fim do convênio entre a USP e a polícia militar e o fim dos processos movidos contra estudantes e trabalhadores. Essa luta passava por questionar o próprio papel da polícia, não só na universidade, mas também fora dela, como nos morros, favelas e periferias, e também questionava a própria universidade, sua elitização e ligação direta com a ditadura.

  A denúncia acusa os 72 de formação de quadrilha, dano ao patrimônio público, pichação e descumprimento de ordem judicial, que indicaria algo como 8 anos de prisão. Retomando o resultado dos processos administrativos que se encerraram na semana passada, onde o reitor Rodas puniu apenas alguns dos processados, com penas que iam de advertências escritas à suspensões de 15 dias (as mais duras foram aplicadas principalmente aos trabalhadores),  se torna evidente que as aparentes "penas mais leves" estavam sendo articuladas junto com o governo do estado de São Paulo dirigido pelo PSDB para tentar punir exemplarmente estes mesmos lutadores.

  Essa denúncia vem junto com uma ofensiva da grande mídia que, aliada ao governo, tenta ganhar a opinião pública para desmoralizar a luta e isolar o movimento estudantil e de trabalhadores da USP. Essa ofensiva retoma as mentiras veiculadas desde o processo de ocupação em 2011, onde tentam convencer que aquela mobilização é como um movimento “para usar drogas livremente na universidade” entre outras coisas, e tentam associar a imagem dos lutadores à de criminosos. Esse ataque preparado em conjunto tem como objetivo usar esse exemplo para aprofundar o processo de criminalização e repressão aos movimentos sociais, que já vem acontecendo fortemente como vimos no caso de Pinheirinho, a ameaça recente de reintegração do assentamento Milton Santos, a onda, que segue atualmente, de assassinatos no campo de ativistas sem-terra e tantos processos de repressão aos trabalhadores pobres e sem-teto, movimentos sociais e sindicais. Devemos repudiar essa campanha midiática e também a denúncia da promotora que não só tentam mentir sobre uma luta com pautas legítimas como também atacam os próprios métodos democráticos dos movimentos sociais, de estudantes e também de trabalhadores! 

  Para levar adiante essa ofensiva, a promotora passa por cima de elementos fundamentais da democracia, como o direito de se expressar e a liberdade política, e isso se evidencia quando a mesma reconhece que não há individualização dos fatos, mas todos são culpados porque simplesmente "não impediram que acontecesse", o que é escandalosamente inconstitucional. A mesma justiça que tenta criminalizar estudantes e trabalhadores, ignora os verdadeiros bandidos estão no Congresso Nacional, no Senado e nos próprios governos, perpetuando repressão e opressão para o conjunto da população e ganhando muito dinheiro pra isso - livres e impunes.

  Todo o apoio democrático de centenas de entidades, professores, estudantes, intelectuais, jornalistas, artistas, juízes, trabalhadores, movimentos sindicais, de direitos humanos, devem se fazer sentir neste momento para rearticular uma enorme campanha democrática pelo imediato arquivamento desta denúncia absurda. Ao mesmo tempo, é preciso lutar pela revogação de todas as suspensões e punições contra esses estudantes e trabalhadores, pela reintegração de Brandão e dos 8 estudantes eliminados, como parte da luta contra a criminalização de todos os movimentos sociais e de trabalhadores e pelos direitos democráticos de se manifestar. Não devemos aceitar a repressão que busca coibir a organização e manifestação política! Basta da política "do medo" e de repressão herdeiras da ditadura!







terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Curso de Férias da Juventude Às Ruas - O cenário internacional e a necessidade da construção de uma juventude revolucionária -


No final de semana dos dias 02 e 03 de fevereiro cerca de 100 jovens participaram do “Curso de Férias” da Juventude Às Ruas, reunindo estudantes universitários, secundaristas e jovens trabalhadores dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. 

O debate que motorizou a reflexão desse final de semana se deu em torno dos principais processos econômicos e políticos nesse quinto ano da crise capitalista, a partir do estudo do artigo "Luta de classes e novos fenômenos políticos no quinto ano da crise capitalista”, de Claudia Cinatti, publicado na revista Estratégia Internacional Brasil nº6. A Primavera Árabe, rastilho de grandes revoltas que desencadearam processos revolucionários, deu um golpe de morte nos 30 longos e penosos anos ausentes de qualquer revolução. Somado a isso, a intermitente crise na zona do euro, e a total falta de perspectiva de uma resolução burguesa para ela reatualizam a definição de Lênin de que vivemos em uma época de “crises, guerras e revoluções.” 

Com o reascender da luta de classes, na qual a classe operária começa a exercitar sua musculatura e a juventude luta contra o sombrio futuro anunciado pelo FMI, buscamos analisar detalhadamente os avanços e contradições desse momento histórico que vivemos. Diferentemente daqueles que são céticos ao despertar de amplos setores de massas à vida política como também daqueles que embelezam esses processos escondendo suas contradições, partimos do próprio legado estratégico do marxismo revolucionário para sacar conclusões que nos ponham ao lado da história e nos prepare para as tarefas que estão colocadas na ordem do dia. 

A intervenção militar do imperialismo na Líbia exercendo um efeito contra-revolucionário na luta contra a sangrenta ditadura de Kadafi, tentativas de desvios democráticos burgueses como no Egito, partidos reformistas como o Syriza (Grécia) que encantam a esquerda mundial, a emergência de enfrentar os planos de austeridades com ações de unificação da classe operária, e a necessidade que essa apresente uma alternativa independente para monstruosa crise do capitalismo em decomposição, foram alguns dos eixos que perpassaram o debate. 

Armados dessas conclusões surge a necessidade de construirmos uma forte juventude internacionalista que atue na perspectiva de se aliar à classe operária. Nos ligar à única classe verdadeiramente revolucionária, a única capaz de hegemonizar os interesses de todos os oprimidos, disputando o projeto de universidade para colocar seu conhecimento a serviço dos trabalhadores será determinante para darmos passos seguros na luta pela emancipação de toda humanidade. 

Queremos disputar cada entidade para que os estudantes possam se armar com um programa capaz de concretizar essa aliança. Sabemos que as atuais direções do movimento estudantil são um verdadeiro entrave para a consumação desse pacto operário universitário. Os braços do governismo no movimento estudantil já demonstrou que prefere estar do lado dos governos e dos grandes empresários. As organização anti-governistas como PSTU e PSOL se mostram cada vez mais adaptadas ao status quo do regime universitário se mantendo no velho corporativismo rotineiro que fecha os olhos aos reais problemas da atualidade. 

É necessário sacudir essas velhas práticas políticas incapazes de responder a própria realidade internacional. A atual etapa reacende a célebre frase de Marx: “as condições sociais petrificadas devem ser compelidas à dança, fazendo-lhes ouvir o canto da sua própria melodia”. Para transformar essas idéias em força vital, e pôr abaixo a atual ordem das coisas, convidamos cada jovem, estudantes e trabalhadores, a se incorporar nessa apaixonante e necessária tarefa, construindo conosco a Juventude Às Ruas.