quinta-feira, 14 de março de 2013

Ação da polícia na favela, a mais assassina do mundo.

por Angelo Bueno

Uma menina de 17 anos saiu na noite de sábado com o irmão e o namorado em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Era madrugada de 12 de janeiro quando eles chegaram à Rua Melchior Giola, centro comercial do bairro. Policiais militares surgiram em cinco viaturas lançando bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo, disparando tiros de borracha para obrigar o comércio a fechar. A menina se escondeu atrás de uma árvore e recebeu um disparo de bala de borracha no olho esquerdo que a deixou cega. Vai ter de utilizar prótese no lugar do olho, mas, até a cirurgia ficará com o olho costurado.
Os moradores reclamam da ação da polícia desde 2009, Há diversas cartas que denunciam ação brutal da PM contra os moradores, os comerciantes alegam que o comércio foi “invadido” pelos PM. Esse é mais um exemplo de como é a ação policial na periferia, longe de garantir a segurança e tranquilidade para os trabalhadores, leva mais medo, repressão e morte à já delicada condição de vida, produto da imensa desigualdade social do capitalismo e seu Estado, baseados no racismo e trabalho precário que nega a educação moradia, acesso saúde de qualidade, nesse caso o lazer, que na periferia é criminalizado, os movimentos como saraus são fechados negando aos jovens a diversão, a arte, pois quem controla esse Estado é a burguesia que sempre visa o máximo de lucro possível, gerando centenas de milhares de jovens sem futuro e esperança que terminam empurrados para marginalidade. A polícia é instrumento material de dominação da burguesia, criada para ser corrupta e violenta, que tem como função principal, proteger a propriedade privada, manter o status quo de exploração do Capitalismo e sua burguesia parasita. A justiça burguesa tem pesos diferente, para os patrões, banqueiros, políticos burgueses que matam, rapinam, sonegam passam impunes. Os punidos são sempre os trabalhadores oprimidos em seus locais de trabalho e de descanso. Sustentam esse Estado, trabalham em média 4 meses por ano para pagar imposto, e recebem de volta vestibulares, policia assassina, filas no SUS... a precarização da vida!
Ser a voz da juventude negra e pobre que é massacrada diariamente pelas forças repressivas do Estado , e não tem o direito de estar conosco na universidade, é por isso que estamos sendo punidos na USP, podendo pegar até 8 anos de reclusão, já com suspensão de Rodas em andamento, por lutar pelo “Fora PM da USP e das favelas” porque não queremos essa instituição em lugar nenhum da sociedade, e
Denunciamos o aumento da repressão dos movimentos sociais, nos canteiros de obras, com a prisão de dezenas de operários nas obras do PAC, do assassinato dos que lutam pelo acesso a terra, um integrante do MST morre por semana,de toda a criminalização dos movimentos sociais, do massacre da população negra da periferia.

Pela punição de todos os policiais envolvidos!
Pela dissolução da policia!
Autodefesa dos trabalhadores!
Por uma ampla campanha nacional contra a repressão!

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