quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Punk Rock, Black Block e 'Acidentes' Históricos: Da opressão Policial ao vanguardismo dos Manos das favelas no século XXI

Por Will Santos, sociologia Unicamp

Nos anos 80 a Banda 'punk' Blondie já em sua fase de mudança sonora do rock para o pop, usando elementos do disco music, produziu e lançou a música 'accidentes never happen'. Com uma abertura marcante na letra e na melodia a banda que se chamava 'loira', conforme a tradução literal para o português fez sucesso no mundo pop com sua cantora dizendo: "Não, eu não acredito em sorte \ Não, eu não acredito mais em circunstâncias Acidentes nunca acontecem em um mundo perfeito\ Então eu não acreditarei na sorte."
Na sexta feira do dia 25 de outubro de 2013 e nos dias que se seguiram a imprensa paulistana e a presidenta Dilma realizaram um verdadeiro vendaval devido a agressão física de praticantes da tática Black Bloc que espancaram um policial de alta patente em São Paulo no ato convocado pelo Movimento Passe Livre para revogação da passagem de três reais, ao ponto de a presidenta publicar em seu ‘twitter’ (o que não deixa de ser irônico), sua solidariedade ao Coronel. O que surpreendeu a todos eles não foi apenas o seu (re) sentimento em relação a população agredir o Estado, de modo direto, de modo violento, de modo físico. O que é uma ação nova para o Brasil, raramente são os cidadãos que de fato agridem o Estado de modo direto, a não ser como ocorreu num passado não tão remoto - na guerrilha urbana e na mata - protagonizada pelos guerrilheiros que lutavam contra a ditadura, cujo fato mais marcante é a guerrilha do Araguaia. Ou o poder paralelo do tráfico (PCC, por exemplo). Esta organização não tem qualquer caráter cidadão, digamos assim, tão pouco suas ações possuem qualquer programa revolucionário a não ser a reivindicação por “paz, justiça e liberdade” aos seus integrantes.  Estes últimos protagonizaram um verdadeiro ataque frontal e direto, anos atrás, queimando ônibus e assassinando policiais, embora este mesmo poder tenha relação muito profunda com o próprio Estado - e sabemos que as agressões foram justamente o resultado da quebra de acordos entre os dois lados, ambos, diga-se de passagem, são opressores dos moradores das favelas.
O que me surpreendeu é que neste dia embora eu não estivesse no ato, mas muito próximo dele, e ‘solidário’ (tal como a presidenta) aos colegas que nele estavam, mas no meu caso compunham o ato pela reivindicação da revogação dos três reais, pude não apenas ver diversos carros da ROTA (Ronda Ostensiva Tobias Aguiar) carregando cachorros (pastor alemão) e amedrontando a população em sua ânsia de violência contra possíveis manifestantes, passando lentamente e de modo intimidatório. O que me foi surpresa foi o fato de descobrir só no domingo, dia 27 de outubro, que a presidenta – ex torturada da ditadura pela polícia política do DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) - classificou aos Black Bloc´s como “barbáries antidemocráticas”, ao mesmo tempo em que a imprensa manipulava sentimentos editando diversas matérias – uma delas veiculada na TV Globo e outra no jornal Folha de São Paulo – que ouviam apenas o lado do Coronel da Polícia Militar agredido na noite, procurando representar (ou diria forjar) uma suposta 'impopularidade' dos Black Blocs na população ‘paulistana’, uma impopularidade que chegaria aos 95% (quais paulistanos o jornal entrevistou me pergunto?), tal atuação fez meu raciocínio simplista responder a ação do seguinte modo: "só quem nunca foi agredido pela polícia teria sido contra a agressão dos Black´s".
Os cientistas sociais pequenos burgueses poderiam me contradizer alegando que tal raciocínio não segue uma avaliação racional e condizente com a análise científica, que os Black´s são fascistas (Marilena Chauí)[1] e o Estado tem de atuar para manter a ordem diante dos baderneiros, ou seja, dos vândalos, que ‘atuam nas manifestações pra depredar o patrimônio público e privado’, sendo assim teria sido a partir da violência deles que a polícia atuou em nome da ordem, da paz e do protesto pacífico (quer dizer ordeiro). 

Esta lógica acadêmica poderia estar correta: a ser não pela realidade. 

Vários foram os motivos para ter surgido o Punk Rock enquanto música e modo de ser da juventude europeia e americana nos meados dos anos 1970: o visual, a decadência musical, as influências do cinema, da imigração, da música, mas, principalmente a crise política e social da Inglaterra e dos EUA neste período. Não deixa de ser um fato que sejam as bandas mais radicais de esquerda - influenciadas pelo Hard Core, pelo Ska&Reggae, a Soul Músic e o Rock dos anos 1950 - ou de direita influenciadas pelo OI!, tiveram em comum a revolta contra a pobreza política e econômica – e a opressão cotidiana expressa através do sentimento do ‘no future’[2] (Sex Pistols) - cujo fator estimulante deste quadro social foi a Reestruturação Produtiva e a opressão política derivada da Restauração Burguesa, durante os  governos de Margaret Thatcher e de Ronald Reagan. A revolta era contra toda uma condição política, econômica, educacional e cultural como o ataque aos sindicatos, os acordos econômicos que destruíram as leis trabalhistas e que impulsionaram as formas de trabalho terceirizadas e precárias, o desânimo com as desigualdades no acesso ao ensino superior, cujos efeitos ainda permanecem, mas, também, as políticas de criminalização da migração, dos bairros ‘étnicos’ onde residiram os negros e os asiáticos, a criminalização da juventude e o retorno do imperialismo através da Guerra das Malvinas (que promoveu o retorno do nacionalismo).

Pois bem, foi no encontro com os imigrantes e a luta dos sindicatos[3], no resgate de musicistas recriando, com isto, novas sonoridades e estilos musicais que os punkers mudaram o cenário sócio-cultural de sua época. Sua inovação não foi econômica, mas articulava-se á uma transformação da estrutura política, portanto, não se tratou de uma revolução, mas foi importante musicalmente e, é claro, socialmente, pois forneceu nova possibilidade de atitude aos jovens daquela época repercutindo politicamente naqueles países. O Punk Rock como um estilo de vida se tornou um referencial naquele momento histórico á muitos jovens que viviam na classe trabalhadora da época. O Punk Rock e o modo de ser punk deu toda uma força a juventude dos anos 1970, jovens estes que partiam das periferias para agredir as escolas e seus modos de opressão institucional, as ruas e, por fim, o próprio Estado: não foram poucos os punks que se colocaram em combate nos atos promovidos pelos sindicatos, enfrentando os nazis[4], aprendendo aí como a polícia era um perigo e como ela era o Estado, como ela é genocida e racista – a mesma polícia que os reprimia em seus shows e nos atos e que também acobertava os crimes cometidos pelas gag´s neonazistas contra trabalhadores e estrangeiros.

No Brasil os Punks eram todos, ao menos no início, das favelas e não precisavam ao contrário dos Punkers europeus ir ás passeatas para saber do perigo que era a polícia, no caso do país, pior ainda, tratava-se da Polícia Militar. Quer dizer, não foi apenas as músicas inglesas e americana de punk rock – e, portanto um estilo de ser e de agir – que marcou o surgimento dos Punkers no Brasil, mas as atitudes de enfrentamento mais opressoras que as que viviam seus contemporâneos naqueles países. O surgimento do Punk Rock e do modo de ser Punk aqui ocorreu durante a ditadura militar, no contexto da presença da ROTA e de seus milhares de atos arbitrários e de assassinatos cometidos nas favelas, descrito no livro ‘Rota 66’ (1993) de Cacco Barcellos. Foi a experiência histórica da presença da polícia genocida nas favelas brasileiras e dos diversos assassinatos que já ocorriam que os fez se oporem á ela e a enfrenta-la. Só quem viveu os anos 70, 80 e 90 nas favelas paulistanas e também nas ruas, nos shows de rock ou na volta destes, seja punk ou não, sabe o que era sair de casa e ver algum 'presunto' pela manhã quando se ia para a escola ou para o trabalho, assassinado pela polícia ou por traficantes.

Também domingo dia 27 de outubro na Vila Medeiros na Zona Norte de São Paulo mais uma vez a juventude foi marcada pelo assassinado "acidental" - como requer a polícia e a mesma imprensa que criminaliza aos Blacks como já fez aos Punks - por um membro da Polícia Militar do Estado de São Paulo. A Polícia Militar argumenta que a mesma foi chamada ao local após uma denúncia de perturbação do sossego, pois um carro tocava Funk com volume alto na rua Bacurizinho. O jovem assassinado na favela era da favela, trabalhava em uma lanchonete. Não, ele não era punk, também não era um atuante da tática Black Bloc. Chamava-se Douglas Rodrigues, tinha 17 anos, foi abordado porque foi identificado como um ‘suspeito’. Ele estava, no domingo, em seu carro quando foi abordado por um policial. Sua mãe comenta que o filho, sem entender o que aconteceu e o motivo do acontecido, ainda havia perguntado ao policial: “porque o senhor atirou em mim?”. A polícia responde de modo bem racional (tal como Chauí) que foi um acidente (?) o disparou: “a porta da viatura bateu na arma do policial militar”[5].

Não é a primeira vez também que a população da periferia se revolta e resolve partir pra cima do Estado após a morte de um jovem, na favela, pela polícia. Em 2009 moradores da Favela de Heliópolis se revoltaram contra o Estado quando este através da Polícia (GCM – de São Caetano) entrou no local perseguindo criminosos e assassinou Ana Cristina também de 17 anos com um tiro no pescoço. A garota se protegia do tiroteio, pneus e ônibus foram queimados, barricadas montadas, houve também depredação (ou seria vandalismo?), e o protesto foi reprimido, primeiro, por sua criminalização (a polícia, no caso, argumentou que os moradores atuaram porque ganhariam ‘cesta básica’ de traficantes), em seguida, usou da força de elite: GOE (Grupo de Operações Especiais), o Garra (Grupo de Repressão a Roubos e Assaltos), gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e balas de borracha, foram presos 21 pessoas. 

Desta vez, ao contrário do que vem fazendo (nada novo, portanto, a atuação dos Blackers) a população se revoltou e 'vandalizou' (ou diria escandalizou) a imprensa e o Estado, porque inspirados (tal com os Punkers se inspiraram na arte e na atuação política dos sindicatos) pelos seus métodos já conhecidos - métodos de revolta históricos dos moradores das favelas contra a atuação opressora do Estado - e das revoltas de junho, desta vez, além de queimarem ônibus, saquearem lojas, depredarem, jogavam pedras na polícia. Diversos jovens, embora não marchassem - como é comum em atos políticos – não empunhavam palavras de ordem, mas destruíam agencias bancárias queimavam caminhões e conseguiram paralisar avenidas como a Edu Chaves, Roland Garros e Luís Stamatis além da ‘Rodovia Fernão Dias’, portanto, paralisaram o movimento de caminhões (que claro leva os produtos [o valor de troca] das indústrias de São Paulo para Minas Gerais e de lá para cá). Como de praxe a polícia criminalizou e prendeu 90 pessoas. Porém o conflito não encerrou no domingo. Não se resumiu aos três ônibus lotados de moradores que foram para o enterro do jovem, mas, continuou na terça feira, quando o Estado em uma atuação violentamente nada pacífica invadiu a favela com carros da tática, da Rota e Helicóptero atirando com bala de borracha e munição ‘dura’ (real), jogando bombas e assassinando no Bairro mais um jovem (alegando que este pretendia cometer um assalto). Sim se trata de uma atuação que o próprio Estado sabe que é transformadora ao ponto de o Ministro da Justiça José Eduardo Cardoso propor se reunir nesta quinta feira (31/10/2013) com os secretários de segurança pública de São Paulo (Fernando Grella Vieira) e do Rio de Janeiro (José Mariano Beltrame), com o objetivo de traçar uma ‘estratégia conjunta entre a polícia federal e as estaduais para dar uma resposta mais ágil aos atos de vandalismo’, envolvendo com isto o ministério público e o judiciário.

No Brasil as pessoas que moram nas favelas desde o surgimento delas já eram assassinadas, o período militar apenas intensificou os assassinatos com aval baseado na "segurança" nacional, e tal prática continuou durante todos os anos 1990 e ainda permanece, tal como neste caso da Zona Norte. Isto já foi mais do que descrito pelas músicas dos Racionais MC´s, do Facção Central e do mais recente MC da Leste. A revolta da população da Zona Norte - a revolta da classe perigosa como classificam os "sociólogos" - contra o genocídio é uma ação política. O assassinato também. De nada foi acidental porque se trata de uma prática histórica da polícia, afinal, acidentes nunca acontecem. Não é, infelizmente, novidade, pois, vem acontecendo há tempos. Este caso foi, porém, o primeiro de maior repercussão após o caso (do pedreiro torturado) Amarildo que a imprensa divulgou.

Nada de novo há no fronte. E nada tem haver com os Blacks. A morte do jovem não foi acidental, como afirma a polícia, mas é histórica, todos sabem da forma como a polícia atua no Brasil: primeiro mata depois pergunta. Acontece que desta vez e pelo contexto político nacional está dado que a classe trabalhadora não vai mais aceitar mentiras, não vai mais aceitar acidentes politicamente articulados. Embora, a atuação dos jovens e dos moradores em geral da Vila Medeiros não siga um programa político, nem uma estratégia e não carregue símbolos, ela é política. Não vem de um espontaneismo, muito ao contrário vem da sinceridade do cansaço de séculos de exclusão e de violência cotidiana, é o resultado muito bem refletido sobre a pobreza, a criminalização, a violência do Estado e vem da vontade de viver. Assim, é provável que esteja sendo gestado nestes lugares, e talvez há mais tempos do que percebemos, elementos de revolução política, cultural e econômica que nem os Blacks, nem os Punkers, nem outro grupo pode gestar. A morte do jovem está historicamente ligada ao caso Amarildo, a revolta Zumbi, as revoltas dos jovens do RAP nos anos 80/90, só que com um elemento novo: o gigante - porque no Brasil as favelas são populações, são uma classe política e econômica - acordou e está disposto a enfrentar no front, nas ruas, e não apenas nas urnas, o Estado.



[1] Marilena Chauí filósofa do PT e da USP comentou que os Black Bloc estão mais para fascistas do que para anarquistas em um evento promovido pela Polícia Militar, tratou-se de um ciclo de conferências sobre violência ministrado para cadetes em formação e policiais da PM, conforme o Jornal Folha de São Paulo. Na mesma matéria o Jornal alega que a filósofa alerta ao fato (?) de os Blacks não terem um programa de transformação social, nem tampouco as manifestações de junho no Brasil serem parecidas com as que ocorreram no maio de 1968 na França. O que surpreende desta afirmação é o fato de a Filósofa não soltar qualquer nota pública alegando ou não a integra de sua visão reproduzida pelo jornal, o mesmo que execrou as manifestações em seu início, de outro ao seu erro em acreditar que os Black´s Bloc sejam algum movimento articulado e com programa político, sendo que os seus componentes em diversos momentos e espaços alegaram se tratarem uma tática de defesa contra a polícia e de destruição de símbolos capitalistas – e nada mais -, e não um movimento social ou um partido, nem tampouco uma liga anarquista, embora muitos deles sejam da periferia de São Paulo e majoritariamente jovens, organizando-se, conforme alegam, sem hierarquia e, atualmente, em apoio áqueles que lutam: em especial da classe trabalhadora tal como ocorreram nas recentes manifestações da Greve dos professores do Rio de Janeiro. Por fim, ao óbvio: as manifestações de junho no Brasil não são iguais as manifestações de 1968 pelo simples fato de vivermos outro momento histórico. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/126068-black-blocs-agem-com-inspiracao-fascista-diz-filosofa-a-pms-do-rio.shtml. Acesso:30/10/2013. As 17h31.

[2] Tal sentimento foi expresso na música ‘God Save the Queen’ da Banda inglesa Sex Pistols em 1977. Inicialmente lançado como single a música ironizava os 25 anos de ascensão da Rainha Elizabeth II. A música também compõe o álbum “Never Mind the Bollock´s” também de 1977, lançado pela gravadora EMI. Este foi o único álbum da banda que também é considerada um ‘fake’ pois teria sido criada pelo empresário Malcolm MacLaren. De qualquer forma sua sonoridade e letras influenciaram diversas outras bandas que passaram por si só a realizar letras politizadas e a realizar o ‘do it yourself’, tornando-se um referencial em estilo de vida – principalmente pela figura de Sid Vicius. Estilo este do jovem sem futuro, que agride só por sua presença anti-herói, já outros pela combatividade e a violência contra o Estado e da sociedade através da violência visual e mesmo direta, embora, as vezes, tais práticas condiziam com posturas totalmente antiautoritário e questionadoras, também, expressavam em outros momentos diversas contradições que negassem tais ideais.

[3] Na época um dos sindicatos mais combativos foi o sindicato dos mineiros ingleses das minas de carvão (National Union of Mineworkers). Os mineiros foram responsáveis por grandes conquistas aos trabalhadores ingleses como a legislação trabalhista que encerrava regimes de exploração, já no século XIX. O conflito entre a reforma proposto pela primeira ministra (a Dama de Ferro) e o trabalhadores durou até 1985, com a derrota do segundo e a instalação da reestruturação produtiva no setor. Thatcher fez com que as empresas Estatais que atuavam nas minas fossem privatizadas. Nos anos 1980 cerca de 80% da energia elétrica na Inglaterra vinha só deste setor, obtido por meio da queima do carvão. Além disso, o carvão era usado para o aquecimento interno das casas. O sindicato era combativo e já tinha também o histórico de ter derrubado o Governo Conservador de Ted Heath (1974), além do fato de ser um cordão que aglutinava diversos outros sindicatos e lideranças, os sindicatos tinham muito poder e eram capazes de proteger empregos e aumentar salários, mas também foram alvo do Neoliberalismo do período. Disponível em: http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/greve-ferro-carvao-434346.shtml. Acesso: 31/10/2013.
[4] O retorno do nazismo na Europa muito se deve a este momento Histórico. Na Inglaterra em especial a relação entre a crise econômica e política aliado a criminalização da imigração e ao nacionalismo promovido pela Guerra das Malvinas foi força para que surgisse no país o partido ‘National Front’. Um partido de extrema direita que reivindicava a exclusão dos imigrantes, dentre outras políticas, e que foi responsável por realizar uma lavagem cerebral em diversos punks e skinheads que se até então eram aliados dos imigrantes, posteriormente, passaram a protagonizar (ao menos uma parte deles) diversos ataques aos mesmos, o que teve como consequência uma divisão dentro da juventude entre: skinheads de esquerda (RASH, SHARP, TRAD) e Anarco Punks contra os ‘Boneheads’ ou Neonazistas.

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