quarta-feira, 28 de novembro de 2012

POSICIONAMENTO DO CADIR QUANTO ÀS SINDICÂNCIAS NA UNESP FRANCA

A "Gestão Poiésis" do Centro Acadêmico de Direito da UNESP-Franca "Prof. André Franco Montoro", vem por meio desta declaração, se posicionar publicamente contra o processo de sindicância que foi aberto contra alguns dos alunos envolvidos no contra-ato do evento que trouxe o Dom Bertrand ("caso do Príncipe"). Não entraremos no mérito do evento e das consequências, mas sim quanto às sindicâncias que correm a partir de hoje contra trinta e um alunos da nossa Universidade.

O primeiro ponto a ser levantado é a importância das mobilizações estudantis. E é por meio de manifestações e da articulação interna que os estudantes ganham força política em suas reivindicações. O contra-ato, foi positivo, no sentido de trazer uma discussão, dando os primeiros passos para o amadurecimento do movimento estudantil interno, que ainda possui uma longa jornada. O momento de crítica traz a possibilidade de se construir algo novo, outras linhas de organização. E estas são as circunstâncias que o ME (Movimento Estudantil) interno enfrenta: a oportunidade de construir conjuntamente as linhas de ação dos estudantes, representando de fato estes. O movimento é feito pelos estudantes, sendo reservado a estes, o direito e o dever de criticá-lo e reconstruí-lo.

A punição, não constrói, pelo contrário, destrói qualquer possibilidade de novas edificações. Ela desmobiliza os estudantes, causa medo e censura. A verdade é que a todo momento estamos a tentar compor novos espaços dentro da universidade, problematizando-os. De certo modo as críticas tecidas por parte dos componentes da própria Universidade (nós, estudantes que buscamos a concretização de um ideal de Universidade Pública) assusta os que temem a Democracia. 

A sindicância torna isso evidente, já que visa abafar, ou melhor, dizimar os processos de aprendizagem democrática e pretende punir sem medir as circunstancias reais e as consequências. 
Não houve qualquer depredação do patrimônio público da UNESP, além de que possíveis avaliações contrárias à implosão já foram dispostas nos espaços legítimos do movimento estudantil e vêm servido para o amadurecimento dos alunos e do próprio movimento. 

Não há certeza quanto a participação efetiva de certos alunos indiciados e também a confusão quanto a alunos que participaram e não são citados. Portanto não há segurança nenhuma, nem necessidade destes processos administrativos.

Sendo assim, conclamamos aos alunos a participar dos espaços que discutirão estas sindicâncias e pedimos sensibilidade por parte da Direção da Faculdade ao reconhecer que não cabe, tanto por questões principiológicas quanto específicas deste caso, nenhum tipo de punição ou qualquer processo de sindicância.

0 comentários:

Postar um comentário