sexta-feira, 21 de junho de 2013

Em defesa do movimento operário e de sua livre organização!


Nas últimas semanas, vimos a juventude brasileira se aproximar do ritmo internacional da juventude que questiona os ataques dos governos sobre as condições de vida da população, levando com isso milhares às ruas em todo o país.

Após barrar o aumento da passagem do transporte em Goiânia, Porto Alegre, Teresina, barramos nas ruas estes mesmos ataques em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas.
Em meio a esses atos que tinham força para se tornarem fortes questionamentos do regime político, que se arriscou frente a policiais sedentos pela mais dura repressão, diante desta nova conjuntura a estratégia do governo alterou-se do dia para a noite. Viram que poderiam com o uso da legitimação dos atos de rua, capitalizar o processo para um apoio ao governo e por um forte nacionalismo, protegendo os alicerces da estabilidade petista.

Conforme os atos foram tornando-se maiores e massivos, passaram a também ser aproveitados pela direita. A despolitização decorrente da ofensiva neoliberal dos últimos 30 anos ajudou a difundir ideias como a do “fim da história”,  do “fim da era das revoluções”, do "fim da política" e do culto ao individualismo em contraponto à organização coletiva e partidária. Foi a forma com que o discurso oficial buscou afastar a juventude e os trabalhadores da arena da luta política. Direitistas de forma oportunista surfam em cima da despolitização e alimentam o discurso anti-partido com o claro objetivo de afastar e isolar a esquerda, os partidos políticos revolucionários, sindicatos e movimentos sociais combativos. Assistimos no ato a queima e baixada forçada das nossas bandeiras vermelhas. Esse sentimento, por vezes legítimo de jovens que vêm o papel de manutenção da ordem opressora que cumprem os partidos burgueses, como o PT, PSDB, PP, PCdoB, PMDB, PP, etc, não pode ser transmitido a um ódio contra os partidos de esquerda, operários, como é o caso do PSTU, PCO, POR, LER-QI, etc, estes que tiveram seus semelhantes proibidos e perseguidos na ditadura militar devem não só ser apoiados pelo movimento, seja ele independente ou anarquista, como também fisicamente defendidos da direita organizada, que prefere atacá-los covardemente a questionar o papel dos partidos da ordem, dos defensores organizados da burguesia.



Neste vídeo (https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=eLp5JKZgU4I#at=61) militantes do PSTU são atacados por segurarem uma bandeira, e sabemos que isso só ocorre com os companheiros por serem reconhecidamente um partido operário, e que um ataque como esse representa um ataque à classe operária organizada. Repudiamos este e qualquer ataque reacionário e ditatorial aos partidos da esquerda, e nos colocamos à disposição para compôr frentes em defesa dos partidos, contra essa direita organizada, conforme já foi convocado por PSTU e PCO.

Convidamos também todos os jovens e trabalhadores a estarem em todos os atos junto das bandeiras vermelhas, para garantir que essa histórica conquista, o direito de livre organização, seja mantida, impulsionando um grande bloco coeso e que garanta com todas nossas forças intelectuais e físicas nossa auto-defesa bem como nosso direto de levantarmos nossas bandeiras vermelhas e gritarmos nossas palavras de ordem.

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