domingo, 21 de abril de 2013

A precarização nacional da educação ganha novo REItor na Unicamp


No dia 19, os professores da rede estadual do Ensino Básico entraram em greve, contra esse mesmo governo que oferece apenas salários de fome, divisão da categoria, e precarização do trabalho para os professores. Ao mesmo tempo que, nas próximas semanas a universidade espera o veredito final de quem será o novo gestor da universidade de excelência para o grande capital na Unicamp pelos próximos quatro anos, dado pelo governador do Estado de São Paulo Geraldo Alckmin. São duas faces de um mesmo projeto de educação para o Estado, mas também para o país.
A consulta para o reitor nesse ano foi ganha por Tadeu Jorge, que já ocupou este cargo durante os anos de 2005-2009. Tadeu Jorge, o ex-reitor que ano passado foi intimado pelo tribunal de contas da união a reaver os milhares de reais que ganhou além do teto do seu salário nos anos de 2009 e 2011, apresentou propostas muito claras de continuação do projeto do "centro de excelência" Unicamp, a universidade que mais produz patente, que figura os rankings internacionais, que promove relações como o Inova Unicamp, uma agencia de incentivo à inovação que liga diretamente o conhecimento gerado aos interesses do grande capital internacional, além de parques tecnológicos.
Sabemos que o novo reitor estará em consonância com o projeto de educação precário para a população pobre, enquanto mantém alguns polos de excelência, restrito as elites, para atender os interesses do desenvolvimento de tecnologia e conhecimento para empresas, e ainda se sustenta sobre trabalho precário por meio da terceirização. Que mantém o filtro social do vestibular, excluindo os jovens da classe trabalhadora, justamente os alunos de escola publica.
Esse projeto de educação se da a nível nacional, de uma educação precária para a classe trabalhadora, de escolas públicas que mais parecem um cárcere, numa política educacional completamente repressiva que coloca a polícia dentro da escola, com a precarização aos professores, que estão divididos em diversas categorias com poucos direitos. A precarização do ensino, na escola, é o primeiro passo para a precarização da vida desses trabalhadores.
Por isso é fundamental nos colocarmos em solidariedade com os professores da rede pública do Estado que sofrem diretamente com os ataques do governo do Estado de São Paulo. Professores, estes que tem um histórico de lutas, nas quais o governo tanto do PT como do PSDB, reprimiram e derrotaram duramente, mantendo e aprofundando a precarização, e enfraquecendo a categoria enquanto a divide. Esse elemento da divisão da classe vem como ataque direto a organização dos trabalhadores, que divididos por salários e direitos também acabam tendo maior dificuldade em se verem numa luta unificada. Esses ataques tem o intuito de desmoralizar um setor tão forte, como o de professores, tanto pelo numero como pelo papel social que estes cumprem.
Por isso nós da Juventude, que hoje construimos uma chapa para tiragem de delegados para o congresso da ANEL (Assembleia Nacional do Estudantes Livres), colocamos todas nossas forças para nos aliarmos a esses trabalhadores da educação para lutarmos por uma real educação de qualidade, contra a precarização do trabalho e a divisão que os governos querem impor aos trabalhadores. Reivindicamos, assim, que todos os professores temporários sejam efetivados com os mesmo direitos e salários, somos pelo fim do vestibular, a real democratização do ensino superior passa acabarmos com esse filtro elitista, e a estatização das universidades privadas, educação é um direito de todos, não deve ser o lucro de poucos.
Assim como, a educação superior publica, elemento democrático elementar, não deve ser regida por uma casta de professores titulares, a burocracia acadêmica, que é estreitamente ligada as empresas e ao governo. Queremos o fim da estrutura de poder antidemocrática, instaurando uma assembleia estatutária e um governo tripartite (funcionários, estudantes e professores), para reger os rumos da universidade, e coloca-la a serviço dos trabalhadores e população.
Construimos nossa chapa para tiragem de delegados, com uma concepção que só nas lutas pela base, junto aos trabalhadores podemos ser um entrave aos projetos do governo, e impor nosso programa para educação. Estamos ao lado dos professores. "Hoje são eles, amanha seremos nós, estudantes e professores, nossa luta é uma só".

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