sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Unesp Franca: Moção de apoio dos estudantes da UNESP de Presidente Prudente

Camaradas, nós como Coletivo de Estudantes de Presidente Prudente, nos colocamos em apoio ao formidável ato realizado, pelo movimento estudantil de Franca, contra Bertrand e Sepulveda, que representam o fascismo que se falsifica de progresso.

Nos colocamos contra a presença da burguesia agrária e a corja ditatorial nas universidades, sendo apresentados como "príncipes". São estes os responsáveis pela desvinculação da terra de função social, uma vez que de modo perverso, objetiva maximizar o potencial produtivo, massacrando as relações sociais do campo e a quem nele resiste. São estes que retiraram os meios de produção dxs trabalhadorxs rurais e agora apoiam a opressão que assola estes trabalhadores expulsos, que agora se concentram nos morros, favelas, periferias das cidades.

A questão dos latifúndios, que se representam pela UDR, ultrapassa o viés econômico e deve ser encarada como o ponto de inicio do racismo uma vez que a concentração de terras possui intima relação com questão étnica e de segregação racial, já que os negros foram as primeiras vítimas das desapropriações com a Lei de Terras de 1850. 

A ditadura militar se caracteriza pelo período em que a discussão da Reforma Agrária foi calada pela voz do autoritarismo e a violência para com os movimentos sociais que buscavam o acesso a terra e para os demais movimentos que se colocavam contra esse regime ditatorial. Sem a necessidade do resgate histórico para a compreensão do papel do movimento estudantil na retomada da “democracia”, nos colocamos contra os que insistem em reverenciá-la e que dessa forma respaldam ainda mais esta “nova ditadura”, que se faz de forma ainda mais eficaz meio ao burocrático e enigmático sistema judiciário contemporâneo.

Por acreditar e defender uma universidade pública de irrestrito acesso aos trabalhadorxs nos colocamos em apoio ao ato realizado pelo movimento estudantil de Franca, já que Bertrand e Sepulveda representam as perspectivas mais brutais de repressão aos trabalhadores: a UDR que os mata no campo e a Ditadura Militar que os torturaram em outrora e agora os criminaliza.

É inadmissível que tal ato apoiado em um contexto histórico tão pertinente e que possibilita o protagonismo dxs trabalhadorxs frente sua demanda intelectual e ideológica na universidade, seja alvo de repressão por parte dos estudantes que compactuam com Bertrand e Sepulveda. Na verdade este posicionamento repressivo de direita, só nos mostra como a universidade deve avançar na questão de seu acesso e sua democracia, pois continua reproduzindo posicionamentos ditatoriais fascistas já conhecidos do movimento estudantil de outras épocas, e que continua e deve continuar a ser combatido.

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