quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Viva a luta dos trabalhadores da Comlurb!


Juventude às Ruas – Rio de Janeiro
Nesta terça-feira, mais de mil Garis tomaram as ruas do centro do Rio de Janeiro, reivindicando reajuste salarial de 18%, aumento do valor do vale-refeição, triênios e outros benefícios. Em sua longa caminhada atraíram o apoio da população que passava a pé, nos carros, e muitos aderiram a esta “onda laranja” que tomou a Presidente Vargas e o Sambódromo. Os trabalhadores da estatal municipal de economia mista, a Comlurb sofrem com um trabalho desgastante, arriscado, e ainda ganham humilhantes R$800 como salário inicial. Tudo isto em uma prefeitura onde Paes não poupa dinheiro à Fifa e às empreiteiras.
Os garis se mobilizaram contra a direção de seu sindicato. O sindicato dos trabalhadores do asseio, ligado à pelega UGT, não só era contra esta mobilização, como, panfletou nas unidades, com o explícito apoio das gerências contra os trabalhadores entrarem em greve e irem à manifestação. Os garis mostraram na rua, seu ódio a esta direção, à exploração que sofrem e ao prefeito Paes.
Os garis estão se organizando para derrotar esta direção e impor sua greve que pode se iniciar no sábado de Carnaval. Sua próxima ação é garantir a votação da greve em assembleia na sexta-feira, 28/02.
Este passo adiante de uma das camadas mais exploradas dos trabalhadores do país mostra a profundidade do que as “jornadas de junho” abriram para a luta dos trabalhadores. Os garis estão conscientes que se entrarem em greve em sua data-base, 1º de Março, colocarão em jogo a realização de um dos maiores e mais lucrativos eventos da cidade. Não tem Carnaval sem gari!

Entoando palavras de ordem como “êêêê, no carnaval o prefeito vai varrê”, os trabalhadores da Comlurb denunciavam a contradição entre suas condições de trabalho e a importância da categoria para o funcionamento da cidade, sobretudo em períodos de grandes eventos, como o Carnaval ou mesmo a Copa do Mundo. Os trabalhadores sabem que sua ação pode colocar em questão estes grandes eventos.
A luta da classe trabalhadora, como mostram os garis, é o que realmente pode colocar em xeque os planos elitistas da Copa do Mundo e outros megaeventos.
A luta dos garis por seus direitos e contra seu sindicato vendido é uma luta de todos cariocas contra a exploração e contra esta cidade dos megaeventos, imposta contra todos os trabalhadores, começando pelos trabalhadores da limpeza urbana. Chamamos toda a esquerda antigovernista, sindicatos que se reivindicam classistas e antiburocráticos, centros acadêmicos, o Fórum de Lutas e a FIP a organizarem uma imediata campanha de solidariedade e apoio aos garis.

Todo apoio à sua luta! Se houver greve de garis no Carnaval, o bloco de carnaval de todo carioca ligado aos trabalhadores e o povo é o bloco dos garis!
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