domingo, 2 de fevereiro de 2014

O 'Beijo-gay', a normatividade patriarcal da Rede Globo e o oportunismo miserável da esquerda

Por Adriano Favarin, estudante de Pedagogia da USP

Não é possível afirmar taxativamente que a expectativa (e a concretização) do beijo entre dois homens na novela mais assistida da televisão brasileira representa, por si só, um papel progressista ou reacionário. Para não desenvolver opiniões meramente superficiais, sentimentais ou sectárias é necessário partirmos de analisar a conjuntura nacional e internacional na qual se insere esse beijo e as mudanças pelas quais passou o próprio movimento LGBTT e, também, como chega a subjetividade das massas com relação a esse tema no momento atual. Também é necessário nos debruçarmos sobre a política e o programa que a esquerda tem levado a frente há anos com relação ao tema da sexualidade e seus impactos. Tudo isso à luz do próprio desfecho de conjunto da trama da novela, na qual o beijo é apenas uma cena de toda uma conclusão ideológica conscientemente refletida pela Rede Globo de Televisão.

A polarização social com relação às demandas de gênero e da sexualidade como marca da conjuntura
            Na última campanha eleitoral presidencial brasileira de 2010 vimos a expressão dessa polarização relacionada principalmente ao tema do aborto. Dilma, do PT, para ser eleita, assegurou à bancada evangélica do Parlamento e à Igreja Católica que não avançaria nos direitos democráticos da mulher e dxs homossexuais. Esse giro à direita do PTismo para assegurar votos e a governabilidade parte do silenciamento com relação às milhares de mulheres mortas por abortos clandestinos, caminha pela via do impedimento da propaganda contra a homofobia nas escolas e da conscientização sobre os riscos da AIDS e conclui com o pacto entre o PT e o PSC na garantia da presidência da Comissão de Direitos Humanos (CDH) para o pastor evangélico reacionário, Marco Feliciano.
            Mesmo antes de junho de 2013, a reação do movimento LGTTBI com relação às ações, projetos e declarações racistas e homofóbicas de Feliciano mostrava um potencial de indignação, insatisfação e rearticulação dxs homossexuais enquanto movimento questionador e político. Devido à vitória do PT na cooptação dos movimentos sociais – entre eles o LGTTBI – e ao programa sempre defensivo que os setores de esquerda dentro do movimento têm levado à frente durante anos, deseducando xs homossexuais, ficando sempre a reboque dos ataques e rebaixando o programa sempre à miséria da resistência possível (que não incomode demais o opressor), mesmo após junho, e após ter conseguido barrar a proposta de patologização da homossexualidade e silenciar por seis meses a CDH presidida por Feliciano, xs homossexuais não conseguiram derrubá-lo da presidência da CDH. Enquanto isso, para manter a estabilidade do regime abalado pelo desprestígio do Legislativo – uma das suas principais instituições –, o Poder Judiciário aprovava limitados direitos de união estável para os casais homoafetivos.
            A nacionalização midiática desses processos de polarização relacionados à temática da (homo)sexualidade desprovido de uma educação sexual e discussão mais profunda na sociedade sobre gênero e sexualidade, ligado há anos de Restauração Burguesa e ao papel do PTismo como, ao mesmo tempo, direção desses movimentos contestadores e governo conservador, direcionaram a polarização de classe contra o regime para uma equivocada polarização entre evangélicos (cristãos) e homossexuais, que serviu para encobrir os giros cada vez mais à direita do próprio regime contra a sexualidade (como a tentativa barrada por junho da patologização da homossexualidade) e a um aumento do número de assassinatos de homossexuais por grupos de extrema-direita (fascistas).
            Internacionalmente as questões democráticas ligadas ao gênero e a sexualidade têm polarizado os países. Na França a aprovação do casamento igualitário colocou centenas de milhares nas ruas a favor e contra esse direito. Na Rússia o governo e os grupos fascistas organizados têm avançado na humilhação e assassinato legalizado de homossexuais. Na Espanha, o governo acaba de aprovar uma lei que restringe a liberdade da mulher sobre seu próprio corpo, barrando o direito ao aborto legal, seguro e gratuito conquistado há mais de duas décadas. Não considerar esses elementos da conjuntura na hora de refletir sobre o que significa uma das maiores redes de comunicação mundial apresentar um beijo entre dois homens no horário em que a maioria das famílias brasileiras estão assistindo à novela pode levar a uma posição festiva oportunista ou superficial e sectária em relação à repercussão e significado desse fato nacional. A única coisa por hora concreta que podemos dizer sobre essa cena é que ela serviu para recolocar a temática da sexualidade (homossexualidade masculina, especificamente) no cotidiano da população.

O inicio da organização do movimento LGBTTI na década de 60 e 70
No bojo do último ascenso da revolução social do século passado, nas décadas de 60 e 70, a questão da sexualidade assumiu uma localização importante nos processos da luta de classes. Xs jovens, cansadas da moral conservadora e repressora da sociedade capitalista se colocaram em movimento por uma sociedade livre das opressões. O pano de fundo dessa busca se deu em um mundo polarizado entre o capitalismo imperialista norte-americano e seu “american way of life” heteropatriarcal e o socialismo soviético stalinizado (com suas cópias deformadas), tão degenerado por dentro, a ponto de retroceder nas mais avançadas conquistas democráticas pós-Revolução de 1917, como a liberdade sexual, o direito ao corpo e ao aborto, a separação da Igreja do Estado, etc. Nessa luta pela livre expressão da sexualidade, xs jovens se chocaram contra a idêntica normatização sexual imposta pelos dois pólos sociais existentes, contra a repressora família nuclear burguesa e sua burocrática cópia stalinista e compreenderam que a sexualidade só poderia ser plena se fosse sem as amarras tanto da ditadura do capital quanto da ditadura da burocracia da URSS.
A compreensão que a juventude da década de 60 e 70 faz de que a luta pela liberdade sexual só pode ser alcançada conjuntamente com uma estratégia de luta pela revolução socialista nos países capitalistas e pela revolução política nos países burocratizados deixaram experiências das quais não basta apenas relembrarmos hoje como memórias do passado, mas que merecem ser entendidas, estudadas e reapropriadas para o presente como a luta das travestis de StoneWall contra a polícia e a justiça; ou a militância da Frente Homossexual de Ação Revolucionária na França que buscava se unificar com os partidos comunistas; ou xs homossexuais que se organizaram na Argentina para combater a ditadura militar; e finalmente, com setores do Grupo SOMOS, no Brasil, que marcharam para a assembleia dos metalúrgicos do ABC para declarar seu apoio e serem ovacionados pelxs trabalhadorxs. É o exemplo, o programa e a estratégia que esses setores levavam a frente para garantir o fim da miséria sexual da humanidade e o combate a moral heteronormativa vigente que tanto assustava a burguesia e a burocracia stalinista, maoísta e castrista.


A fagocitose do subversivo: a normatização e esteriotipação da sexualidade marginal
A derrota da revolução política polonesa em 1982 encerrou esse período de ascenso social. A derrota da greve dos mineiros britânicos pelo governo de Margareth Thatcher em 1984-85 iniciou o período de ofensiva restauracionista da burguesia. A reação econômica com o neoliberalismo é simultânea a reação em todas as demais esferas da estrutura e superestrutura social. Tomar as consignas e as reivindicações da geração derrotada e torná-las inofensivas tem sido historicamente o método com o qual as classes dominantes tratam a contracultura. No caso LGTTBI, a aceitação da sexualidade homoafetiva (objetivamente impossível de combater, já que o próprio desenvolvimento do capitalismo favorece o desenvolvimento de relações sexuais homoafetivas[1]) se dá na medida em que o capitalismo possa transformar seus elementos subversivos em dóceis reprodutores da dominação do capital. O enquadramento e padronização da sexualidade entre dois polos opostos (homossexuais e heterossexuais), com rótulos, estereótipos, cultura, gosto musical, jeito de andar, de se vestir, se portar, de falar, etc... foi o principal responsável para o fortalecimento da concepção ideológica de determinismo biológico para a sexualidade.
Conjuntamente com essa ferramenta ideológica castradora que normatiza a sexualidade homo em padrões familiares heteropatriarcais se dá a propagação da AIDS e do HIV como consequência da ‘promiscuidade’ homossexual, fortalecendo ainda mais a ideia da necessidade da monogamia patriarcal e das relações homoafetivas submetidas aos moldes do casamento burguês heteronormativo para ser aceito em uma sociedade sexualmente miserável. O cu perdeu a sua subversão. O prazer sexual não-penetrativo e não-reprodutivo foram perdendo sentido. O sujeito homossexual foi se afirmando enquanto tal e na mesma medida, reafirmava o sujeito heterossexual, os dois como seres determinados biologicamente e buscando seu espaço e aceitação na sociedade. O heterossexual, aceito e reivindicado; o homossexual, invisível e marginalizado. A sexualidade não-heteronormativa perdia assim o seu caráter questionador da sociedade de classes para se contentar aprisionada em caixinhas esteriotipadas, padronizadas e limitadas. A luta pela liberdade sexual da humanidade (e logo, contra o capital) cedeu espaço para a luta pela visibilidade, aceitação e conquistas de direitos de cidadão dentro do capitalismo para um setor social enquadrado (e também sexualmente limitado) como homossexual.

A esquerda reformista e a esquerda centrista diante as questões democráticas durante o neoliberalismo
A esquerda reformista, na sua luta para gerir o Estado capitalista e demonstrar para a burguesia como pode fazê-lo mais aceitável e a exploração de classe que ele engendra mais humanizada, se contenta na luta por reformas cosméticas nas leis e demais papéis da burocracia do Estado que afirmem direitos iguais para sujeitos homossexuais e heterossexuais. Para além de serem papéis molhados dentro de um sistema que não pode existir sem limitar a liberdade sexual da humanidade, tal política abre precedente (quando não aponta diretamente) na determinação biológica da sexualidade e não na possibilidade da sua construção e desconstrução social. O centrismo, ainda que coloque a perspectiva estratégica de superação do capitalismo por via da revolução e da ligação com a classe trabalhadora e demonstre a diferença entre a situação dos homossexuais burgueses dos homossexuais das classes oprimidas, conclui sua política com programas rebaixados e que não levam a ligação real entre xs homossexuais e a classe trabalhadora. Não disputam dentro da classe, nos sindicatos que dirige e nas relações operárias que constroem, a luta contra a homofobia, mas permanecem no terreno puramente sindical e econômico. Terminam, assim, programaticamente, em demandas rebaixadas e miseráveis, como chega a ser a exigência de que haja um beijo-gay na novela[2] ou a luta, sem nenhuma diferenciação de classe, pela criminalização da homofobia, o que não ajuda a desenvolver a organização dos oprimidos, nem a unidade das demandas das mulheres, dxs negros e homossexuais, e acaba depositando confiança nos inimigos da revolução social – a polícia, a justiça, a lei do Estado burguês – como possíveis aliados, impedindo uma luta séria pela liberdade sexual ao não organizar xs oprimidos para extrapolarem os limites do capitalismo.

O “beijo-gay” aceitável, a polarização reacionária e a esquerda miserável
            No último capítulo da novela “Amor à Vida”, para além do nascimento de filhos varões e dos casamentos e uniões familiares, constituições e reconstituições da família nos modelos burgueses como núcleo da felicidade e mantenedoras da educação moral e cristã, assistimos a cena final de Félix e Nico vivendo em família, como um tradicional casal burguês, falando dos negócios do casal, cuidando dxs filhxs (ou melhor, deixando xs filhxs aos cuidados da babá) e, enquanto um permanece no lar, o outro parte para o trabalho, e se despedem com um selinho relativamente prolongado. Em nenhum momento, porém, pronunciam que ‘se amam’. A próxima cena da novela, a cena final de fato, termina com Félix ao lado de seu pai, César, olhando o pôr do sol, e, para seu pai, Félix diz “eu te amo” e recebe a inesperada resposta do machista e homofóbico pai que este também o amava. Não é possível negar que, para a maioria dxs homossexuais que sentem na pele o que é ser rejeitadx pela família por não querer se limitar a miséria sexual pré-escolhida para você pela sociedade antes mesmo do seu nascimento, essa cena foi muito mais emocionante e marcante do que o tal beijo em si.
Não foi casual que a Rede Globo encerrou a novela dando mais peso para a reconciliação familiar e a declaração de amor entre pai e filho do que ao final feliz com o beijo do casal gay protagonista. O beijo entre os dois homens, em si, não modificou a subjetividade da população. Não vai fazer aqueles que são contra as relações homoafetivas ficarem a favor, todos já esperavam esse beijo e comentavam sobre ele independente dele vir ou não ao ar. No dia seguinte, em uma banca de jornal, era possível ouvir daqueles que são contra as relações homoafetivas os comentários de repúdio ao pegarem 'O Agora’ ou ‘O Diário’ e verem a foto do beijo estampada em um quadradinho pequeno na capa e a naturalidade de sempre daquelxs que sempre enxergaram de forma natural o beijo entre pessoas na vida real. Ao mesmo tempo em que a Rede Globo traz uma cena de beijo entre dois homens, envolve esta por inúmeros elementos que buscam demonstrar qual o ‘tipo’ de homossexual aceitável. Ideologicamente significa reforçar a moral familiar e, até mesmo, cristã (basta ver o ultimo pronunciamento do Papa com relação aos homossexuais e a Igreja[3]), fortalecer a concepção reacionária da família nuclear burguesa e condicionar o potencial subversivo e explosivo latente na luta pela liberdade sexual encabeçada pelxs homossexuais aos limites da democracia burguesa e da luta pela visibilidade, aceitação e cidadania.
            Ao não se preocupar com o fato de que, com a educação moral conservadora que temos nas escolas, igrejas e famílias, a reprodução em si de uma cena de beijo entre dois homens que não desconstrua esse preconceito e ódio ensinado durante anos de vida termine por reforçar os preconceitos e ódio nos setores reacionários da sociedade, ao mesmo tempo em que se comemora acriticamente a trama de conjunto, a esquerda desarma a luta dxs homossexuais, pois retira a cena do seu contexto e não extrai as conclusões ideológicas conservadoras fundamentais que a burguesia passa, pela via da Rede Globo, na subjetividade da população e que é necessário combater. Essa esquerda miserável não é capaz de educar e politizar em cima da situação nacional aberta, mas segue debatendo mortalmente se a Globo foi progressista ou não; se o beijo foi responsabilidade da luta dxs homossexuais ou fruto das Jornadas de Junho, ou dos dois, ou se da benevolência de Walcyr Carrasco; e não consegue de fato, a partir dos sindicatos, movimentos sociais e entidades estudantis que dirige, politizar e debater a sexualidade com a classe trabalhadora e a juventude utilizando da repercussão dessa cena e fazendo o combate a todas as contradições reacionárias que a trama de conjunto engendra no subjetivo da população.

Por uma resposta classista para a sexualidade
            O movimento LGTTBI organizado e dirigido pelas ONG’s surgidas na década de 90 e dirigidas pelo PT mostrou sua falência histórica no decorrer do ano passado. Mesmo após junho, esse movimento cooptado, ligado ao petismo e aos partidos governistas e que tem como estratégia a eleição de parlamentares gays para defender os direitos igualitários de cidadão dxs homossexuais por dentro do capitalismo, não foi capaz – exatamente por tudo isso – de derrubar Marco Feliciano da CDH. A esquerda reformista busca se localizar nas contradições do governo e ocupa o espaço a esquerda do PT, com a mesma estratégia de eleger seus parlamentares – como Jean Wyllys, do PSOL, o mesmo que defende a legalização da cafetinagem e, consequentemente, a institucionalização da miséria sexual da humanidade. A esquerda centrista, pela sua lógica de departamentalização das demandas dos setores oprimidos e pela pressão pequeno-burguesa que possui em fazer da luta contra as opressões sociais uma luta contra os sujeitos socialmente privilegiados pela sociedade e não uma luta contra essa sociedade que engendra esses privilégios, não consegue se colocar como alternativa para xs homossexuais na luta pela liberdade sexual, pois termina fazendo dxs homossexuais quadros das suas causas particulares e não dirigentes revolucionários na construção de uma organização que derrube esse sistema de conjunto. A academia, por sua vez, ligada a Teoria Queer, a Judith Butler e Foucault, com uma discussão sobre a sexualidade menos adaptada à democracia burguesa da época de restauração e mais livre, peca por não trazer a luta para a realidade de classes e permanece divagando no universo particular do abstrato quais seriam as formas de relações mais completas e menos opressoras em uma sociedade desejável. Sem buscar construir o caminho para chegar até essas relações e essa sociedade, que passariam necessariamente por se colocar nas trincheiras da classe trabalhadora contra a burguesia, acabam se adaptando ao reformismo e a eleição de parlamentares homossexuais.
            É necessário que a esquerda paute esse debate nas categorias operárias que atua seja como oposição ou direção sindical. A Oposição Alternativa de professores do Estado de São Paulo, por exemplo, não pode entrar em greve sem questionar profundamente o currículo e a escola, pautando a necessidade da educação sexual laica e não moralista e organizada pelxs professorxs, assim como o desvinculo da Igreja com o Estado e a educação. A esquerda não pode mais, ano após ano, somente observar a “burguesia Pink” lucrar como poucas vezes no ano sobre um evento que deveria servir para impulsionar a luta contra os pilares desse sistema social que inibe e reprime a nossa sexualidade, que seriam as Paradas Gays.
            É nesse sentido que faço um chamado público para toda a esquerda, começando com a organização na qual eu milito, a Juventude às Ruas, e a entidade nacional que construo, a ANEL, a organizarmos um forte bloco classista na Parada Gay do dia 04/05 em São Paulo (e nos dias das demais cidades), que esteja unificado sob a bandeira da educação sexual laica nas escolas; pelo aborto legal, livre, seguro e gratuito; por hotéis públicos para a juventude poder se relacionar sem os perigos do sexo insalubre e anti-higiênico e livre da opressão familiar; pelo direito a identidade trans; por anticoncepcionais e cirurgias de redesignação sexual gratuitxs e com acompanhamento de qualidade em um SUS controlado pelos trabalhadores da saúde; pela garantia por parte do Estado de trabalho para todas as travestis em situação de prostituição; pela prisão de todo aliciador e cafetão, como a punição de todxs xs agressorxs de homossexuais, a começar pelos parlamentares, ‘humoristas’ e meios de comunicação que reproduzem e legitimam a violência homofóbica.
            Nós, da Juventude às Ruas, estaremos em bloco, com toda a certeza junto do Grupo de Mulheres Pão e Rosas, como parte do Movimento Mulheres em Luta, levantando bem alto que essas demandas só podem ser conquistadas na luta dxs homossexuais de maneira organizada para se defenderem dos homofóbicos e da polícia; na confiança estratégica que a classe trabalhadora, com todos os atrasos e preconceitos que muitos setores reproduzem da ideologia burguesa, é a única que pode derrubar esse sistema, e que somente enquanto parte da classe trabalhadora é possível a luta séria pela liberdade sexual.




[1] Ver D’Emilio – Capitalismo e Identidad Gay
[2] Ver nota “Quem tem medo do beijo gay?” escrita por Lucas Brito da Secretaria Nacional LGBT do PSTU.
[3] Ver http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,papa-abre-igreja-aos-gays-aos-divorciados-e-as-mulheres-que-abortam,1076594,0.htm

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