quinta-feira, 17 de maio de 2012

Policia na Fundação NÃO! Miriam Lernic (diretora da FAFIL) e a reitoria Cacalano são os responsáveis!

No dia de ontem, depois da ação de um grupo de estudantes que indignados com o “muramento” do D.A resolveram quebrar o muro que foi construído pela reitoria na entrada de nosso espaço, a PM foi chamada para dentro da universidade pela diretora da FAFIL Mirian Lernic (obviamente respaldada pela reitoria) para reprimir os estudantes caso fosse necessário (se houvesse ocupação do espaço ou algo do tipo).

Essa atitude só ratifica o caráter autoritário dessa reitoria, que tem como objetivo claro destruir o movimento estudantil da FSA para implementar de forma definitiva seu projeto de universidade privada e elitista. A presença da PM no campus é mais um dos muitos ataques que a reitoria Cacalano vem desferindo sobre a autonomia universitária no ultimo período, apesar de poder parecer para alguns apenas uma atitude “pontual”, a naturalização dessa medida pode ser o golpe mortal para o movimento estudantil da FSA e para todos que se colocam criticamente diante os planos da reitoria.

Longe de acabar com o problema da segurança no campus - resultado das desigualdades sociais, do distanciamento e estranhamento das comunidades do entorno em relação à universidade, que só pode ser resolvido a partir de um novo projeto de universidade que inclua de forma plena essas pessoas, uma universidade publica, gratuita e de qualidade a serviço dos trabalhadores e do povo pobre – a presença da PM no campus, tanto cotidiana quanto “pontual” tem o objetivo de “manter a ordem”: isso significa reprimir todos os setores, principalmente o movimento estudantil, que se coloquem em luta contra a reitoria.

Esse contexto só ratifica a importância do movimento estudantil de conjunto levantar uma ampla campanha democrática contra a repressão na FSA, pela retomada dos espaços estudantis e contra o projeto de universidade da reitoria Cacalano, chamando a base dos estudantes, professores e funcionários a se incorporarem a luta, já que em ultima instancia o projeto de universidade da reitoria é nocivo para a grande maioria da comunidade acadêmica.

A retomada física do espaço do D.A é muito importante, porém a retomada politica do D.A enquanto organizador dos estudantes é tão ou mais necessária, inclusive para termos condições objetivas de retomar de maneira definitiva o espaço físico do D.A, além de preenchermos essa retomada de conteúdo que conteste frontalmente o caráter autoritário da reitoria Cacalano e seu projeto de universidade que de fundo visa excluir ainda mais os trabalhadores e o povo pobre da universidade.

A reitoria se utiliza de métodos baixíssimos para tentar identificar os estudantes que participaram da ação de ontem, disseminando e incentivando entre os estudantes o método de “caguetagem”, tento como base o argumento hipócrita de que “quem tem direitos a reivindicar não usa máscara nem violência”. Violência é roubar o espaço legitimo dos estudantes de organização politica, cultural e confraternização!

Apesar de nós da Juventude As Ruas não concordarmos com a ação tática de derrubar o muro do D.A por fora das instancias de base do movimento estudantil, devido isso abrir um espaço brutal para a reitoria punir boa parte dos principais ativistas do movimento estudantil e impor mais facilmente seu projeto de universidade, nos colocamos totalmente na defesa desses companheiros contra as possíveis punições por parte da reitoria, já que é uma tarefa essencial do movimento estudantil da FSA na atual conjuntura se unificar em torno da luta contra a repressão na universidade, pela retomada do D.A e contra o projeto de universidade da reitoria Cacalano, para começarmos a virar o jogo contra a reitoria.

Logo o movimento estudantil tem que se rearticular para conseguir responder aos ataques que viram por parte da reitoria; é necessário que exista unidade contra o inimigo comum, além de gana e coragem para disputar com a reitoria a influencia sobre os estudantes e a comunidade acadêmica de conjunto.

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