quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Estamos ao lado dos trabalhadores contra as arbitrariedades das chefias!

Carta aberta de estudantes da FFLCH sobre as transferências do DLCV
 
Recentemente a chefia do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (DLCV) da Letras, junto com a diretoria da FFLCH, promoveu a transferência repentina e arbitrária de três funcionários deste departamento. De acordo com a chefa do departamento, Marli Quadros Leite, e o diretor da FFLCH, Sérgio Adorno, as transferências se devem a problemas dos funcionários na execução de seu trabalho, questão que pode facilmente ser desmentida tanto por seus colegas, quanto pelos professores que são ligados ao departamento, e mesmo por sua antiga chefia que em nada reclamou deles em suas avaliações anteriores.
Contudo, o que nós estudantes sabemos é quem são os responsáveis por estas transferências: Marli Quadros Leite foi chefa da Comissão de Graduação da FFLCH e, neste período, foi responsável por editar a portaria FFLCH 17, que impede que os estudantes troquem de turmas e que os professores tenham autonomia para aceitar alunos que não conseguiram a matrícula no período regular, incluindo sua matrícula no sistema posteriormente. Esta medida não apenas é um ataque à autonomia dos estudantes e dos professores em relação à formação acadêmica, como prejudica e atrasa a graduação de centenas de estudantes, em particular da Letras, curso no qual Marli Quadros Leite é professora. Não bastasse isto, no segundo semestre deste ano turmas de matérias do departamento gerido por Marli ficaram sem professores e os alunos passaram mais de um mês sem aula, como foi o caso de Literatura Portuguesa II. Além disso, os que cursam matérias com Marli sabem que é ela quem não comparece ao trabalho, enviando monitores para dar aulas em seu lugar. Enquanto Marli acusa os funcionários de “desleixo”, é ela a real responsável por não garantir que haja professores para ministrar as matérias, compactuando com a política de precarização do ensino de Rodas. Quanto a Sérgio Adorno, também o conhecemos bem: como coordenador do Núcleo de Estudos da Violência, foi um dos defensores da presença da polícia no campus; foi escolhido a dedo por Rodas para ser diretor da FFLCH, e participou de sua comissão de negociação durante a greve deste ano, sendo o testa-de-ferro da intransigência de Rodas contra os estudantes. Na FFLCH, cumpriu papel semelhante, dificultando a negociação com os estudantes com relação às demandas da greve, como a falta de professores, por exemplo.
Não é à toa que estes dois aliados da reitoria de Rodas promovem agora uma transferência que é uma verdadeira perseguição política, incluindo um dos diretores recém-eleitos do Sintusp para evitar “mais problemas”, já que deve ter preocupado o diretor as plenárias unificadas dos três setores da FFLCH que reuniram centenas durante a greve. No caso do diretor eleito do Sintusp, a perseguição começou anteriormente com um processo administrativo que está em curso pedindo sua demissão por justa causa. Nós respondemos que não aceitamos os ataques arbitrários contra os trabalhadores, seja de Rodas, Adorno, Marli ou qualquer outro. Os objetivos destas medidas são enfraquecer a organização política e sindical dos trabalhadores, atacar sua unidade com estudantes e professores, para poder avançar no projeto de universidade privatista e elitista do governo. Estamos ao lado dos trabalhadores na luta pela democratização da USP e contra as arbitrariedades das chefias!


Juventude às Ruas (LER-QI e independentes)
Movimento Negação da Negação


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