Juventude às Ruas!
Fim do massacre ao povo palestino! Fim dos ataques do Estado de Israel à Faixa de Gaza! Palestina LIVRE!!
domingo, 20 de novembro de 2011
Novo Blog da Campanha Contra a Criminalização dos 73 Presos Políticos da USP.
http://emdefesados73.blogspot.com/
Este blog é dedicado à campanha contra a criminalização dos 73 presos políticos da USP, impulsionada pelo reitor João Grandino Rodas e por Alckmin. Por ordem do reitor e com o beneplácito do governador a universidade se transformou em uma verdadeira zona militarizada no dia 08 de novembro, expressando como estes responderão as vozes dissonantes aos seus preceitos, caso o convênio com a PM prossiga. Portanto, a defesa de nenhuma punição, criminal ou administrativa, aos 73 presos políticos é parte fundamental hoje da defesa da universidade como espaço de organização e debates democráticos.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Carta-chamado aos professores da FAFICH-UFMG para que se posicionem com relação ao acontecido na Universidade de São Paulo (USP) no último dia 08/11 quando a Polícia Militar do Estado de São Paulo desocupou a reitoria e prendeu 73 estudantes com cerca de 400 soldados do Batalhão de Choque da PM-SP
Nesse fato isolado, vemos desmascarada uma tensão sob a qual todos tem colocado “panos quentes” dentro da universidade, oriunda das contradições correspondentes à uma estrutura de ensino burocrática e excludente para população em geral, e centralmente, para classe trabalhadora e os mais pobres; além de um regime disciplinar extremamente exigente e repressor. Quando um setor da universidade (não apenas estudantes, mas funcionários e alguns professores também) se põe contra o acordo da reitoria com a polícia militar, pois este só aumenta a repressão na universidade, com revistas vexatórias, intimidações, homofobia, etc., e denunciam o caráter contraditório da universidade no seu contexto social, ou seja, uma universidade dita “pública” mas completamente fechada aos interesses e necessidades do povo e da classe trabalhadora, que reprime o livre pensamento e seus necessários desdobramentos práticos e políticos, são desalojados de sua ocupação de forma violenta, pelo batalhão de choque da PM, que faz uso de práticas fascistas, como num “ensaio” de tortura.
Ensaio que se torna teatro vivo nas favelas e periferias do Brasil. Todos os dias a classe trabalhadora é humilhada pela polícia, combinando domínio clandestino com torturas, espancamentos e ameaças (existe um vídeo na internet de um flagrante de espancamento de um senhor na porta de sua casa por policiais do exercito no complexo do Alemão, além de várias denúncias contra a implementação de UPP’s). E isso também foi denunciado pelos estudantes, antes mesmo do dia 08/11, pois tiveram que se confrontar com as posições que lhes foram atribuidas pela mídia burguesa, de que lutavam por privilégios particulares em detrimento aos interesses da sociedade em geral (retrospectiva: primeiramente, a diretoria da FFLCH foi ocupada no dia 27/10, pois os estudantes se opunham a repressão a três estudantes que fumavam maconha no estacionamento da universidade). Desde o início não é privilégio nenhum para a USP a combinação polícia e universidade. Existem muitas universidades brasileiras com convênios semelhantes e a nossa é só mais uma com presença constante da polícia dentro do campus. Existem muitas universidades brasileiras onde, assim como os estudantes da USP e da UNIR em Rondônia, estudantes, trabalhadores e professores são processados, criminal e administrativamente, expulsos, os espaços estudantis são questionados, catracas são implementadas, câmeras e vigilância aparecem.
Para que tanta polícia senão para conservar e aprofundar um caráter contraditório de uma universidade cada vez mais servente a interesses lucrativos? Seria casualidade a implementação da Polícia Militar nas Universidades de todo o país se dar ao mesmo tempo do avanço nas privatização “mascarada” via fundações privadas que recebem dinheiro do governo para potencializarem seus lucros, muitas vezes participados por setores da burocracia acadêmica bi(ou tri)-remunerados? Além de fundos de amparo à pesquisa (torneirinhas de recursos, gerindo de forma anti-democrática a vida e morte acadêmica de todos) ligados ao interesse dos grandes capitalistas?
Nesse sentido é importante que toda a comunidade acadêmica (professores, funcionários e estudantes) se posicione publicamente contra a militarização da USP e de universidades em todo o país, pelo fora PM, fim dos processos, extinção dos projetos de instalação de câmeras e catracas e para que não se interfira nos espaços estudantis; fim da repressão dentro das universidades (inclusive dentro de sala de aula), questionando assim seu regime não-democrático, excludente, reflexo do direcionamento ideológico neoliberal na produção de conhecimento e financiamento das universidades. RETIRADA IMEDIATA DE TODOS OS INQUÉRITOS CRIMINAIS DOS 73 PRESOS POLÍTICOS.
Para lutarmos e construirmos uma universidade realmente à serviço do povo pobre e dos trabalhadores que hoje estão fora dela.
FRANCISCO - ESTUDANTE DE FILOSOFIA;
LARISSA - ESTUDANTE DE CIÊNCIAS SOCIAIS;
ITAUAN - ESTUDANTE DE FILOSOFIA;
RODRIGO - ESTUDANTE DE FILOSOFIA;
THIAGO - ESTUDANTE DE FILOSOFIA;
BERNARDO - ESTUDANTE DE FILOSOFIA, DA JUVENTUDE ÀS RUAS
Construir um CEEUF para rearmar o ME da UNESP e defender os 73 presos políticos de Alckmin e Rodas!
Muitos estudantes da Unesp já começam a debater e se levantar em solidariedade aos 73 estudantes que foram tornados presos políticos na USP a partir da absurda repressão policial ocorrida no último dia 8, comandada pelo governador do estado Geraldo Alckmin e pelo reitor da USP, João Grandino Rodas. Na Unesp de Marília e de Rio Claro foram realizadas paralisações em repúdio à repressão policial e outros campi, como Assis, já indicam fortalecer essa mobilização.
Nós, da Juventude Às Ruas! (LER-QI + independentes), que temos nos colocado junto à linha de frente desse combate à repressão policial, entendemos que com a prisão dos 73 lutadores na USP se abre um desafio de princípio para todas as correntes da esquerda e todos os setores democráticos e combativos do Movimento Estudantil: é preciso barrar os inquéritos policiais! Nenhum lutador pode ser punido!
“Prenderam 73... agora são milhares, lutando de uma vez!”
Num contexto nacional marcado pelas ocupações policiais nos morros e favelas cariocas com as UPP’s, caracterizando uma onda de choque de repressão ao povo negro e pobre, com invasões das casas, mortes e prisões sem controle, essa invasão da PM à USP não é, nem de longe, o fato de maior violência policial atualmente. Contudo, a prisão desses 73 lutadores abre um precedente importante para que qualquer ocupação do MST seja ainda mais duramente reprimida, para que qualquer manifestação popular resulte em mais mortes etc., legitimando um endurecimento contra os movimentos sociais por parte da polícia que já é das mais assassinas do mundo.
Se o governo do estado e a PM reprimem com esta magnitude o movimento estudantil na USP, imagine o que se fará com o MST, MTST, com a juventude pobre e trabalhadora do país. Além disso, a presença da PM nas universidades significa antes de tudo a opressão e o cerceamento dos poucos negros que integram essas instituições. O mesmo podemos dizer dos homossexuais, que durante as prisões não só eram reprimidos como os demais lutadores, mas também sofriam forte opressão por sua orientação sexual.
Além dessas marcas já conhecidas da ação policial, a situação ocorrida na USP tem o agravante de ter sido orquestrada diretamente pelo governo do estado que tinha interesses específicos, pois, como relatam os presos, o próprio delegado já havia indicado que somente seria feito um BO quando recebeu ordens superiores para que todos fossem enquadrados na maior parte de crimes o possível – daí coisas como poluição ambiental, formação de quadrilha etc. O interesse de Alckmin e seu secretário de segurança pública (Antonio Ferreira Pinto) em punir exemplarmente os estudantes da USP vai além do interesse comum com Rodas que é o aprofundamento da implementação do seu projeto elitista e racista de universidade, com essa desproporcional ação militar pretendiam também amedrontar e silenciar os estudantes que se levantavam sendo a voz dos setores mais reprimidos da sociedade, tal como fizeram nas lutas junto às terceirizadas da limpeza e como deixavam claro com suas reivindicações de “FORA PM DAS UNIVERSIDADES, FAVELAS E PERIFERIAS!”.
A repressão aos estudantes que se levantavam na USP como porta vozes dos que não podem entrar nas universidades brasileiras saiu pela culatra: os 400 homens armados e treinados para matar que atacaram mães e crianças que estavam no CRUSP naquela manhã somente conseguiram fazer com que milhares se levantassem numa histórica assembleia de mais de 2000 e votassem a greve geral pela retirada da PM, fim do convênio e retirada dos inquéritos policiais. Já são dezenas de intelectuais e artistas altamente reconhecidos os que se colocam categoricamente contra esse ataque.
Nós, estudantes da Unesp que também já acumulamos nossas batalhas contra o batalhão de choque e seus comparsas na burocracia acadêmica (Gomide, não esquecemos as prisões de 2007 em Araraquara!), além de também termos vários estudantes reprimidos, como Adriano, de Franca, devemos colocar todos as nossas forças numa campanha unificada pela imediata retirada desses inquéritos aos 73 presos políticos na USP! Para organizar essa campanha, com medidas concretas de apoio ativo, entendemos que as entidades militantes deve chamar um CEEUF de emergência o mais rápido possível! Devemos discutir ações imediatas de solidariedade ativa, mas também preparar uma forte recepção unificada que já incorpore os ingressantes de 2012 nessajjbatalha! Esse CEEUF deve chamar um encontro estadual dos lutadores das universidades! Que possamos convidar companheiros de outros estados que também estão se levantando como Rondônia, Paraná, etc. Além de chamar a ANEL-SP à construção desse encontro! Precisamos de um CEEUF urgente para os dias 26 e 27/11, que seja sediado na usp para deixarmos claro nosso apoio àqueles estudantes!
Chamamos todas as entidades estudantis a se pronunciarem e colocamos todas as nossas forças à disposição da construção deste CEEUF! É importantíssimo que todas as correntes da esquerda, setores democráticos e combativos da Unesp também se somem nessa tarefa, vamos construir um dia de paralisação unificado em toda a Unesp pela imediata retirada dos inquéritos policiais aos 73 presos de Alckmin e Rodas!
Os estudantes da USP tem que vencer !
No dia 27 de outubro, três estudantes foi preso pela policia por usar maconha dentro da USP gerando insatisfação dos estudantes que enfrentaram esta mesma policia no prédio da FFLCH. Tal insatisfação gerou questionamentos mais profundo sobre a porque que a policia estava no campus universitário e qual o papel que esse órgão repressor cumpre na sociedade. Desde então os estudantes encontra em luta com métodos radicalizados (primeiro ocupou o prédio da FFLCH, segundo ocupou a reitoria) e este fato político na USP causou repercussão nacional gerando uma polarização dentro e fora dos muros da universidade.
Se por um lado temos toda a mídia burguesa, tendo a sua expressão máxima o Reinaldo Azevedo colunista da Veja e o Fantástico criminalizando o movimento e muitas das vezes deixando explicito a vida de alguns estudantes que tiveram na linha da frente na ocupação de reitoria e pelo fora PM, por um outro temos apoio de intelectuais de universidade, apoio dos trabalhadores USP e UNICAMP, apoio dos estudantes da UNESP, UNICAMP, UEL e da Fundação Santo André e até mesmo de alguns colunistas e do Tico Santa Cruz vocalista da banda Detonautas.
Vivemos num período neoliberal e tal período histórico tem como uma das bases o sucateamento do setor publico para beneficiar o setor privado e a reestruturação produtiva, fazendo que haja um enorme setor de trabalhadores que estão em condições precárias. Tal situação se reflete na USP, pois vimos uma parcela de trabalhadores da USP terceirizados, as fundações privadas que influenciam nas pesquisas, curso sendo sucateado e muitos sendo inclusive até privatizados. O reitor Rodas foi questionado se a USP deveria ser privatizada, o reitor disse que era um boa ideia e que o seu projeto era mesmo de privatizar a Universidade de São Paulo.
Para levar até final este projeto, o REItor da USP já da seus próximos passos em rumo ao seu projeto elitista de universidade. Para os trabalhadores, a reitoria pretende implementar o PROADE um mecanismo que intensifica a jornada de trabalho (o trabalhador tem que trabalhar uma quantidade de horas para responder a este programa, caso o contrario ele será demitido por invalidez) e demissão de funcionário, para os estudantes vem a privatização dos cursos, a formulação da grade como um mecanismo para atender os interesses do mercado e o fechamento de alguns cursos considerados não rentáveis. Porém para implementar este projeto, o Rodas tem que passar em cima do SINTUSP como demitir dirigentes sindicais e tentar destruir o sindicato com o projeto da reitoria para os trabalhadores e expulsar os estudantes combativos que questionam a estrutura de universidade (mui tas das vezes de baseando em decretos da ditadura militar que pretende ‘’eliminar o estudante que ir contra a ordem).
Desde em 2007, mas tendo bem claro na greve protagonizada pelos estudantes em 2009 onde que a resposta da reitoria e do conselho universitário (um órgão burocrático formado por 327 professores) foi colocar a policia no campus. Já em 2009 houve um confronto entre trabalhadores e estudantes contra a policia (algo que até então desde a ditadura militar não acontecia um confronto entre a policia e estudantes dentro da USP) e isso fez com que o conselho universitário a serviço do Estado e dos grandes monopólios resolvesse como solução dos confrontos na USP a entrada da policia no campus universitário.
Em 2009 houveram eleições para reitor para a USP. Perante a imensa comunidade acadêmica USPIANA, as eleições para reitor da USP ocorre da seguinte maneira : O conselho universitário da USP escolhe 3 candidatos para que o governador do Estado de São Paulo escolher quem vai ser o reitor da USP. Sob uma eleição que aconteceu sob as saias da PM para deter os estudantes, professores e funcionários que questionavam de tão anti democrático que era a estrutura de poder da universidade, Rodas o segundo mais votado pelo conselho universitário foi eleito pelo governador José Serra reitor da universidade de São Paulo.
Como currículo, Rodas foi advogado do Estado na época da ditadura militar contra a morte do filho da estilista Zuzu Angel e na época que ele coordenava a faculdade de Direito, proibiu o MST realizar uma atividade na universidade colocando a policia dentro dela para impedir a realização. Ou seja como um bom burocrata é preciso que tenha competência para poder gerir a universidade, porém a universidade está a serviço do Capital e no caso da USP onde é conhecido como polo de resistência Rodas foi a pessoas mais correta e confiável que o governador do Estado de São Paulo encontrou para ser REItor da Universidade de São Paulo.
Este mesmo reitor fez um discurso racista, comparando a USP ao Haiti e aos morros do Brasil. Como vimos uma constante militarização nestes locais era obvio perceber que a solução que o reitor queria da para a USP é a militarização da universidade ou seja colocar a policia no campus universitário para deter a mobilização dos trabalhadores, professores e estudantes.
Perseguição e expulsão contra aqueles que lutam como está acontecendo na universidade com casos de dirigentes sindicais e estudantes, destruição dos órgãos combativos de estudantes e trabalhadores, retirada dos direitos democráticos conquistados com luta como o CRUSP são coisas que refletem a democracia com resquícios da ditadura militar em que vivemos hoje. O que acontece na USP, questiona a perseguição e os assassinatos daqueles que lutam nos campos e na cidade, a repressão e criminalização sistemática em que sofre o MST problemas que justamente acontece quando você tem uma burguesia que já nasceu conservadora (ao contrários dos países da Europa em que ela se tornou conservadora) herdada do antigo regime (pois os donos de fazenda de antigamente viraram burgueses de hoje) e uma democracia burguesa degradada pois dentro dela existem resquícios da ditad ura militar.
Drogas, segurança X o questionamento de universidade e de ‘’projeto de países’’
O assassinato do estudante da FEA dentro do campus universitário, ocorrido no primeiro semestre de 2011 e sentimento de imediatismo de pânico e insegurança causado por um setor foi base para que a reitoria legitimasse a entrada da policia no campus sob o discurso que a entrada da policia militar no campus universitário iria impedir a violência no campus e assim trazer mais segurança para os estudantes, professores e funcionários. Porém cabe bem dizer que como a policia já estava no campus universitário, no dia do assassinato do estudante minutos antes ela estava fazendo blitz frente ao portão um (portão de entrada da universidade).
Antes de mais nada, a sociedade capitalista aliena os indivíduos dos meios de produção fazendo com que minoria seja dono dos meios de produção enquanto uma maioria tem somente a sua força de trabalho para vender. Vivemos numa sociedade com fortes contradições entre as classes, contradições essas que são grotescas pois enquanto temos uma ínfima minoria que mantém uma grande parte da riqueza da sociedade, esta grande maioria não possui nem 5% da riqueza que é produzida por estes mesmos. Junta este problema, com o desemprego estrutural ocasionado pela reestruturação produtiva fazendo com que o capital possua modos de acumular cada vez mais e assim mantendo cada vez mais fortes as contradições existentes na sociedade fazem com que a violência urbana seja um problema concreto e que tem ser resolvido, mas ela é um problema social e não um caso de policia como a classe dominante coloca.
Esta mesma policia é aparato de repressão do Estado (ou é um membro do Estado). O Estado por sua vez é fruto do produto que as classes dentro da nossa são inconciliáveis e por sua vez ela pertence a classe dominante. No capitalismo, a sociedade foi dividida em duas classes principais: A burguesia dono dos meios de produção e o proletariado que só tem sua força de trabalho para vender. Ou seja esta principal contradição da sociedade é marcada pela divisão destas duas classes que de acordo com o próprio desenvolvimento do capitalismo ela vem se agrava até abrir a possibilidade histórica de revolução social. O principal motivo da contradição na sociedade mediada pelo capital é que tem uma classe que representa a minoria, parasitaria que extraem e acumulam a riqueza nas costas de uma maioria que tem que reproduzir sua existência através de um salário de fome e miséria. O proletariado e a burguesia tem interesses inconciliáveis entre eles (pois enquanto um quer acumular a riqueza, outro quer condições dignas de sobrevivência) e estão em luta constante até um parte eliminar a outra de uma vez. (porém é somente com o proletariado que esta luta pode acabar de fato). Nesse sentido o Estado cumpre o papel de frear a luta de classes, ora com algumas concessões mas ora com a repressão policial.
Enquanto a administração da FFLCH estava sendo ocupada pelo os estudantes, estes estavam lendo o Estado e a Revolução do Lênin e questionando o papel da policia. Enquanto isso o Reinaldo Azevedo colunista da Veja, escreve um artigo ironizando os estudantes. Como colunista o Reinaldo Azevedo defende um projeto de educação elitista e privatista, mas questionamos a fundo o que o renegado (uma vez que ele participou da Convergência Socialista corrente interna do PT) que agora virou reacionário escreveu sobre os estudantes da USP.
O documentário chamado noticias de uma guerra particular, questiona este caráter da policia com uma entrevista com o próprio delegado da época. Ao questionar sobre o papel da policia, ele diz claramente que a policia serve para defender os interesses de ‘’uma elite’’ e impedir que um setor da população que ganha 210 reais e mora nos morros se rebelem contra sua a reprodução de vida, fazendo com que estes se conforme com a atual miséria e não questionem a sua realidade.
Questionamos ao REItor que apoiou a ditadura militar, como que ele quer dar solução para a USP em relação a segurança se é o mesmo reitor que terceiriza, que torna as condições dos trabalhadores cada vez mais precárias e que pretende demitir funcionários. Rodas que apoiou a ditadura militar, que tem interesses de apenas acumular não quer nem de longe resolver o problema da segurança na USP e fecha os olhos para os problemas de violência que ocorre dentro e fora da universidade. Portanto os estudantes não podem confiar num reitor que quer conservar a violência, a insegurança para resolver os problemas da segurança.
O problema da segurança é algo que vai além da USP, ela é reflexo das contradições da sociedade capitalista. Como a universidade reflete o período histórico em que vivemos, ela reproduz fielmente as contradições da sociedade capitalista, excluindo uma grande maioria da sociedade formada por trabalhadores, povo pobre e seus filhos pelo filtro racista e elitista que se chama vestibular. O problema que estourou na USP, faz com que a universidade não seja mais tratado como um bolha que se fecha aos problemas que acontecem na sociedade. A universidade tem que sim tratar e discutir o problema da violência urbana, pois ela cumpre um papel que deveria cumprir. Isto passaria a discutir, qual é o problema da violência?, como iremos resolver ela?, qual é a melhor abordagem e qual classe que podemos solucionar este problema? (no caso da ultima pergunta a abordagem e a classe que pode solucionar este problema são algo que estão interligado uma coisa com a outra). Resumindo enquanto a universidade estiver voltada aos interesses do capital e da burguesia, ela não pode resolver o problema de violência dentro dela.
Tal posição apresentada no texto é contraria da posição da direita dentro da universidade, que coloca a policia cumpre um papel de proteger a população legitimando assim a repressão contra os trabalhadores e o povo pobre. Este mesmo setor argumenta que o problema da violência não é um problema social e sim algo como caso de policia se baseia em argumentos de que a violência é algo que é fruto do próprio homem, pois ele é mesquinho, mal, ambicioso e que sempre o possível pretender fazer o mal para as pessoas ou argumentos dos mais reacionários do tipo que a violência existe porque tem pessoas inferiores do que as outras. O Estado e a policia seria algo teológico e metafísico, pois estariam em cima da sociedade e estaria por fora de qualquer da sociedade má. Ou seja, o Estado é Deus e a policia são pessoas iluminadas divinas que não precisaria de nenhum controle (até mesmo, porque se os trabalhadores e o povo pobre controlasse a policia estes precisariam estar armados o que tira a necessidade da policia, pois estes iriam fazer a sua própria segurança. Importante dizer que esta posição é contraria do PSTU/CONLUTAS pois estes defendem que a policia seja eleita pelos trabalhadores e que tenham mandatos revogados como se fosse uma espécie de xerifes norte americano)
Por um outro lado, temos a posição do PSOL e PSTU que pedem uma universidade mais segura colocando que a policia não é a solução dos problemas da segurança, mas que é preciso uma guarda treinada em direitos humanos. Estas organizações se esquecem que a segurança como uma estrutura burocrática estão a serviço da universidade como ela é hoje, ou seja elitista, racista e a serviço do capital. Estas mesmas organizações que acostuma separar as questões táticas, das questões estratégicas, ou seja o PSOL e PSTU podem até falar que defendem uma mudança radical no modelo de universidade mas na pratica e nas suas ações políticas não questionam o modelo atual da universidade sendo assim se adaptando ao projeto de universidade elitista e racista.
A mídia e setores da direita colocam que a mobilização dos estudantes surgiu por causa que estes queriam ter liberdade para fumar maconha e querem ter a PM fora do campus, para ter a liberdade para fumar. Sabemos que tudo começou quando os três estudantes foi preso, porém o questionamento da PM no campus vai muito além do uso de drogas e sim como uma ação tática do Rodas cujo o objetivo estratégico é um projeto elitista, racista e privatista da Universidade de São Paulo. Porém podemos desmontar facilmente o que a imprensa diz, com alguns acontecimentos que ocorreram nesta semana.
Foi noticiado para o Brasil inteiro, a prisão de NEM no Rio de Janeiro por trafico de drogas. O preso soltou uma declaração que saiu na mídia inteira que grande parte do lucro da venda de drogas iria para os policiais. Podemos pensar que é uma maça podre de uma arvore e que ela precisa ser eliminada para instituição andar corretamente, porém quando há varias maças podre podemos pensar que o problema é da própria arvore que certamente precisa ser eliminada.
Pensamos, o Estado burguês administra os interesses da burguesia. Qualquer droga ela tem que ser encarada como uma mercadoria e como qualquer mercadoria ela precisa ser fabrica nos meios de produção que está sobre controle da burguesia. A droga precisa ser consumida por alguém para que este ciclo do capital continue e que a burguesia dono das industrias farmacêuticas possam obter seus lucros. A lógica é bem simples : Se o Estado é burguês e a policia é aparato deste Estado que administra os interesses da indústria farmacêutica, então o Estado é incapaz de enfrentar o trafico. Como prova disso, conhecemos vários políticos, policiais e delegados envolvido com a questão do trafico de drogas ou seja, o Estado quer conservar este estado das coisas.
Mas porque as drogas é criminalizada? Primeiro que a burguesia aliena a maioria da população dos meios de produção ou seja tais pessoas não tem a mínima noção para onde que está mercadoria está indo e muito menos não tem controle sobre o que produz. Esta alienação é refletido em todas as esferas da vida social ou seja nada mais do que justo as pessoas terem controle da sua vida. Outro ponto é que o Estado cumpre um papel paternalista em relação as drogas, é ele que dita o que é certo ou errado fazer sem nenhuma discussão seria perante isso e os indivíduos são obrigados a ter consenso com que o Estado quer.
Porém como colocamos, o questionamento em relação a policia militar no campus da USP é bem mais profunda e não pode ser restringida as drogas. O principal motivo que a USP mais uma vez entrou em cena por causa em cena pois a luta dos estudantes questiona e coloca em cheque um dos principais pilares de crescimento econômico que o Brasil vive.
O governo de Lula foi marcado por um grande crescimento econômico, que teve como lema ‘’o Brasil potência’’. Por trás deste lema, esconde fortes contradições na sociedade que por sua vez são contradições muito frágeis. Este crescimento econômico se sustenta através de trabalho precário como foi questionado na luta dos trabalhadores em Jirau. A policia militar tem como objetivo a repressão nos morros contra os negros, trabalhadores e o povo pobre no modo que possa garantir esta grande mão de obra precária. A luta da USP questiona e coloca em cheque toda a confiança e a visão alegre da burguesia provocada pelo ‘’boom econômico’’ que teve no período do governo Lula ou seja ela começa ver que o castelo dela de sonhos e fantasias começa a ruir a beira a baixo gerando medo que a classe dominante perca o seu titulo de dominante. A burguesia não tem nada o que dizer, por isso que ela utiliza de todo seu aparato ideológico dela para poder deslegitimar a luta dos estudantes da USP.
Porém a realidade é mãe da verdade e isso faz com que a classe dominante mistifique a realidade para que ela não caia num mar de lama. Mas se colocamos os últimos acontecimentos em uma linha reta, veremos o que está em jogo é o questionamento de um dos pilares do projeto de pais. No Rio de Janeiro estamos vendo uma mega operação do aparato repressivo do Estado no morro da rocinha, operação que fez a grande maioria dos moradores do morro a sentir medo da policia. Voltamos ao filme ‘’noticias de uma guerra particular’’ onde que o delegado questiona como você faz para deter o questionamento uma grande massa que ganha menos de 500 por mês? É com a repressão policial. Nos temos que tratar as coisas como ela são, por mais que a mídia esconda a realidade ela sempre vai existir.
Qual é o papel do PSTU e PSOL na luta dos estudantes da USP.
A luta dos estudantes da USP, também revelou o caráter traidor que teve as direções do PSOL (que esta no DCE-USP) e do PSTU (que está em centro acadêmicos como CAELL). Desde o inicio, estas organizações se colocaram contra os métodos radicalizados como ocupação na administração da FFLCH e que foi derrotado pela a vontade da base que ocupou o prédio. Vale lembrar que o mesmo PSOL queria escoltar os estudantes presos na delegacia, com medo que causasse ‘’um tumulto maior’’ entre os estudantes. Caberia perguntar ao PSOL: Qual tumulto é esse? O questionamento mais a afundo da policia militar no campus, motivo na qual levou os estudantes a se mobilizar anos. Porque deter o tumulto? O PSOL iria cumprir o papel que ele sempre cumpriu dentro do movimento estudantil da USP, o seu papel seria de ser um freio n a luta dos estudantes e de desmobilização deste mesmo setor.
Não é primeira vez e não vai ser a ultima. Como ocorreu na PUC em 2010, onde que estas mesmas organização usou como moeda de troca a ocupação de reitoria para negociar de portas fechadas migalhas que nem na assembleia estava sendo discutido estas questão na USP foi a mesma coisa. Uma negociação de portas fechadas com a reitoria alheio aos órgãos democráticos dos estudantes e a congregação da FFLCH onde que o professor e militante do PSTU Ruy Braga mediou as negociações onde que os estudantes iria obter apenas migalhas.
Assim como se deu na PUC, a assembleia foi polarizada e estas organizações tiveram uma linha derrotista de acabar com o movimento e não fazer com que ele avance. Enfim após repetir varias vezes a votação com o objetivo de esvaziar a assembleia e até convencer de que era necessário desocupar o prédio da administração da FFLCH, mas um estudante propôs a ocupação de reitoria e toda assembleia que se diz democrática passa por discutir as propostas mas o dirigente do PSTU Vinicius Zarapoli resolve acabar a assembleia sem discutir a ocupação da reitoria.
A lógica de negociar de portas fechadas com a reitoria e a congregação da FFLCH, migalhas e principalmente de colocar uma linha derrotista de querer acabar com o movimento propondo algo eqüidistante, mas que na verdade iria significar um grande refluxo dos estudantes fez com que estas mesmas organizações dividissem o movimento, isolando a vanguarda do movimento e fazendo com que um grupo de estudantes levasse esta luta sozinho (o que em relação a correlação de força, abriu caminho para que a policia militar reprimisse os estudantes na ocupação de reitoria mais tarde).
O PSTU escolheu o seu caminho, agora que assumam as suas consequências
A postura de fura greve do PSTU que teve na mobilização da USP, tem como uma das consequências a sua postura de seguir cegamente o PSOL, assim como no período da década de 90, o mesmo PSTU tinha uma linha de seguir cegamente o PT. O PSTU assim como a sua organização internacional a LIT, se caracteriza por ser centrista e o centrismo acostuma ser um fenômeno passageiro pois a luta de classes impõe que os revolucionários se posicionem claramente em lado. O PSTU escolheu um lado, resolveu ficar no lado PSOL. O Centrismo sempre fica a reboque dos reformistas, porém o reformismo é porta voz dos interesses da burguesia dentro do movimento operário.
O centrismo faz intriga com as organizações revolucionarias colocando que esta uma não pode fazer polemicas, pois é seria ‘’um crime’’ contra o partido e contra a sua direção mas se alia com o reformismo. O PSTU funciona desta maneira : O partido mantem acordos superestruturais com o PSOL para as eleições de sindicatos, centros acadêmicos, DCES e até mesmo as eleições burguesa, mas porém qualquer critica que as organizações que reivindicam a revolução faz, estas são stalinistas e parasitas portanto impossível de manter qualquer tipo de dialogo entre elas. Prova disso é que nas eleições do DCE-USP, o PSTU quer montar chapa com o PSOL e para isso ele tem que seguir tudo que o PSOL se silenciando sempre ou até mesmo pactuando com as mesmas posições.
Na ultima polemica (que podemos muito bem chamar de uma intriga mentirosa) faz com a LER-QI, o PSTU acusa esta organização de ser stalinista e de levantar calunias contra o partido (típico de um centrista). Surgiram documentos comprovando que houve dialogo entre a reitoria com os supostos ‘’representantes’’ dos estudantes (que no caso seria o PSOL e o PSTU) que negociaram migalhas pelas costas dos estudantes com o objetivo de acabar com a mobilização. O PSTU alega que isto seria uma calunia e que isto não condiz com a pratica de seu partido e que a LER-QI estava atacando a sua moral revolucionaria.
Fazemos a seguinte colocação para o PSTU : Se o PSTU fala que os documentos não condiz com a pratica do seu partido, porque não ir sempre ao contrario aos métodos dos estudantes radicalizado? Porque não avançar esta luta em vez de frear?. Já que o PSTU fala tanto de moral, o PSTU sabe que as massas sabem quando a sua direção a traem e que a traição contra os trabalhadores e as classes populares é algo que vai contra os princípios morais que os revolucionários devem ter. É obrigação de toda organização de esquerda e das pessoas que se reivindicam como tal denunciar as traições das direções contras as massas. Temos que esclarecer os estudantes de quem é quem nesta luta. O PSTU acusa quem é de esquerda de stalinista pois denuncia a sua organização, mas porque que o PSTU não faz a mesma coisa no Chile pois enquanto existe um setor de estudantes conscientes que lutam por uma educação gratuita e para isso tem que passar por cima da direção de Camila Vallejo.
O tragicômico de tudo é que o PSTU junto com o PSOL faz coro com a mídia burguesa e atacam a MNN, PCO, o POR e a LER-QI que foi as únicas organizações que ocuparam a reitoria da USP. A ocupação da reitoria aconteceu não por causa de ‘’minorias’’ ou por ‘’pequenos partidos políticos de extrema esquerda’’ e sim que foi interesse do setor dos estudantes combativos em radicalizar esta luta e ir até o final pela a retirada da policia no campus.
Mas a realidade é mãe da verdade. Hoje a grande mídia burguesa chama o PSOL e PSTU de esquerda moderada. Distorção da mídia contra a ‘’esquerda combativa’’? Claro que não! A mídia burguesa da um alerta para a burguesia brasileira em que existe um setor dentro do movimento operário e estudantil que caso haver um acirramento da luta de classes a classe dominante vai ter com quem contar para frear qualquer tipo de mobilização e assim continuar a reprodução deste sistema de fome e miséria.
O que o PSTU não pode provar é que na ocupação de reitoria na PUC no ano passado, o PSTU junto com o PSOL negociou de portas fechadas migalhas com a reitoria e que usou a própria ocupação como moeda de troca para negociações que teve com umas das principais pautas (redução do aumento da mensalidade), sendo que a reitoria da PUC foi ocupada pela redução da mensalidade. O que é uma particularidade, passa a se generalizar comprovando que a pratica politica destes partidos é mesmo sentar e negociar de portas fechadas.
O PSTU e o PSOL devem fazer um balanço de suas atuações na USP e colocar todo seu aparato (Sindicatos, centros acadêmicos, DCES, DA e parlamentares) e militância a serviço da luta dos estudantes da USP, caso queiram provar que não são fura –greve ou traidores do movimento. A realidade é mãe da verdade. Caso que estas organizações queiram demonstrar aos estudantes a sua moral revolucionaria, deverão mostrar com ações praticas que vão fazer esta luta ser de fato vitoriosa caso ao contrario, vão demonstrar que seu discurso só vai passar de um mero discurso sofista.
A partir de agora, um cenário novo se abre.
Um setor de estudantes consequentes ocuparam a reitoria e deram continuidade para o movimento pela retirada da policia no campus e pelo fim dos processos administrativos contra funcionários e professores. A resposta da reitoria foi chamar reintegração de posse, porém falando que estaria aberta ao dialogo. Porém na segunda vez que chamou reintegração de posse (pois na primeira os estudantes conseguiram adiar), a tropa de choque expulsou violentamente os estudantes e prendendo 73 estudantes que estavam dormindo naquele dia dentro da reitoria. Tais estudantes agora vão responder inquérito policial e estão sendo acusado desde de desobediência civil (ou seja desobedecer a burguesia) e até formação de quadrilha (ou seja organização estudantil agora virou formação de quadrilha). Caso se estes processos ir até o final, os 73 estudantes correm o risco de pegar 4 a 10 de cadeia.
Depois da entrada do choque na reitoria da USP para expulsar os estudantes do campus, os estudantes encontram –se em greve por tempo indeterminado. Neste sentido os estudantes da USP tem que lutar imediatamente pela revogação dos processos contra os 73 presos políticos, pois seria uma grande desmoralização aos lutadores da USP e do Brasil ver os seus companheiros presos e a burguesia vai sair fortalecida abrindo a possibilidade dela fazer a mesma coisa com os lutadores do Brasil a fora (Imaginem se fazem isso na USP, imaginem o que ela poderá fazer com aqueles que lutam no Para?)
Os estudantes da USP tem que vencer !
Guilherme de Almeida Soares
http://mortedocapital.blogspot.com/
Guilherme de Almeida Soares
http://mortedocapital.blogspot.com/
Estudantes da UEL fazem em repúdio a posição reacionário do Reitor em solidariedade aos estudantes da USP
Os estudantes estão se organizando em seus Centros Acadêmicos para um ato público em repúdio às palavras proferidas em público, pelo Ex Reitor da Universidade Estadual de Londrina, onde usa os termos "maconheiros, terroristas, mal-cheirosos e tanto outros adjetivos pejorativos para se dirigir aos estudantes que lutam pela autonomia universitária, contra a repressão e suas bandeiras históricas.
SE NÃO CONCORDA COM O QUE É DITO PELOS FASCISTAS, JUNTE-SE A NÓS
QUINTA FEIRA, DIA 17/11
12H00 NO R.U DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
SE NÃO CONCORDA COM O QUE É DITO PELOS FASCISTAS, JUNTE-SE A NÓS
QUINTA FEIRA, DIA 17/11
12H00 NO R.U DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
"Quem são de fato os encapuzados?"
Carta dos estudantes da UEL em repúdio as posições reacionárias do reitor da Universidade contra a luta da USP.
Essa pergunta foi feita pelo ex-reitor Wilmar Marçal. Para ele são “hematófagos, mal cheirosos e terroristas”. A questão não é quem somos, mas sim, porque estamos encapuzados? Se assim estamos é porque não somos “um bando de preguiçosos que querem a mídia como emblema de existência”. Não somos uma espécie em extinção. Somos estudantes que trabalham durante a graduação, para mantermos nossa subsistência e comprarmos nossos livros, muitos viajam ficando longe de suas famílias para realizar os estudos, não somos contemplados por políticas de permanência e ainda sim somos rotulados como “predadores do dinheiro público”.
Essa pergunta foi feita pelo ex-reitor Wilmar Marçal. Para ele são “hematófagos, mal cheirosos e terroristas”. A questão não é quem somos, mas sim, porque estamos encapuzados? Se assim estamos é porque não somos “um bando de preguiçosos que querem a mídia como emblema de existência”. Não somos uma espécie em extinção. Somos estudantes que trabalham durante a graduação, para mantermos nossa subsistência e comprarmos nossos livros, muitos viajam ficando longe de suas famílias para realizar os estudos, não somos contemplados por políticas de permanência e ainda sim somos rotulados como “predadores do dinheiro público”.
É lamentável e previsível que o ex-reitor da UEL, venha a público manifestar sua solidariedade com o reitor da USP João Grandino Rodas, que acaba de acionar 400 policiais, tropa de choque, helicópteros, cavalaria, bombas e submetralhadoras para por fim à ocupação da reitoria. Para ele, não há mal nenhum em se violar a autonomia universitária e transformar a Universidade de São Paulo em uma área militarizada.
Tal postura é previsível, pois Marçal, enquanto foi reitor da UEL, tentou emplacar um plano de segurança muito parecido com o plano de Rodas, que previa o cercamento completo junto com políciamento dentro do campus. Marçal sofreu uma rejeição imensa da comunidade universitária, inclusive vendo naufragar suas aspirações em seguir uma carreira política, pode ser daí que brota o seu rancor.
Sua carta destila muitos preconceitos. Chamar os estudantes de terroristas e defender a ação policial para uma questão política, mostra sua concordância com os métodos da ditadura militar.
Sua carta destila muitos preconceitos. Chamar os estudantes de terroristas e defender a ação policial para uma questão política, mostra sua concordância com os métodos da ditadura militar.
Mas do que isto, Marçal expressa um ódio de classe àqueles que batalharam para ingressar na universidade pública e que exigem que o direito à educação seja pleno, com moradia, alimentação, transporte e outras condições de permanência.
Assim como Rodas, o ex-reitor defende a elitização da universidade, que deveria em seus sonhos reacionários extinguir os estudantes de humanas, os estudantes que ingressaram tardiamente na universidade, provavelmente porque a dura batalha cotidiana pela sobrevivência os impediu de passar no vestibular aos 17 anos.
É preciso reafirmar: os 73 presos da USP, assim como os mais de 3 mil jovens que votaram a greve na USP pela retirada da PM do campus e fim dos processos aos lutadores são estudantes sim. Negar isto, chamando-os de baderneiros, maconheiros ou terroristas é um recurso ideológico bem conhecido das ditaduras e governos nazistas e fascistas. Temos em nossa “origem embrionária” não a cadeia, como pensa o ex- Reitor, mas a educação.
Centros Acadêmicos de: História, Ciências Sociais, Comunicação, Biologia, Serviço Social, Arquitetura, Educação Física, Geografia, Agronomia, Artes Visuais e DCE - Universidade Estadual de Londrina
Centros Acadêmicos de: História, Ciências Sociais, Comunicação, Biologia, Serviço Social, Arquitetura, Educação Física, Geografia, Agronomia, Artes Visuais e DCE - Universidade Estadual de Londrina
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
MST manifesta apoio aos estudantes da USP
Da Página do MST
11 de novembro de 2011

O que se viu na ação da Polícia Militar do último dia 8/11 foi mais uma demonstração da truculência e arbitrariedade com que o governo do estado de São Paulo tem tratado os movimentos sociais nos últimos anos, com a clara intenção de reprimir e criminalizar as lutas e os lutadores sociais que sonham em construir um mundo mais justo.
Porém, essa não é uma ação isolada. Faz parte da estratégia que o capital tem para com o nosso continente: transformar todos os bens em mercadoria. A educação e a terra, para eles, são somente mais uma dessas mercadorias. Da mesma forma acontece em outros países, como por exemplo no Chile e na Colômbia, onde leis de reforma da educação propostas pelos governos tem o claro objetivo de transformar a educação em mercadoria.
Repudiamos a ação truculenta e antidemocrática da polícia de São Paulo sob o comando do governador Geraldo Alkmin e do Reitor João Grandinho Rodas. Basta de repressão e criminalização das lutas sociais!
Por esse compromisso histórico do MST com a Educação Brasileira, viemos por meio desta carta demonstrar toda a nossa solidariedade e apoio aos estudantes da Universidade de São Paulo, que lutam por autonomia e democracia nos rumos dessa importante universidade do nosso país para que ela represente de fato os anseios do povo brasileiro.
http://www.mst.org.br/MST-manifesta-solidariedade-aos-estudantes-da-USP#.TsLkSAXAcx0.facebook
Direção Nacional do MST
11 de novembro de 2011

A terra, assim como a educação, são latifúndios que historicamente sempre estiveram nas mãos da elite brasileira, fazendo com que servissem somente aos seus interesses. Mas ao mesmo tempo, a classe trabalhadora se organizou para lutar contra esses latifúndios. O MST e o Movimento Estudantil são provas dessa organização da classe trabalhadora.
O que se viu na ação da Polícia Militar do último dia 8/11 foi mais uma demonstração da truculência e arbitrariedade com que o governo do estado de São Paulo tem tratado os movimentos sociais nos últimos anos, com a clara intenção de reprimir e criminalizar as lutas e os lutadores sociais que sonham em construir um mundo mais justo.
Porém, essa não é uma ação isolada. Faz parte da estratégia que o capital tem para com o nosso continente: transformar todos os bens em mercadoria. A educação e a terra, para eles, são somente mais uma dessas mercadorias. Da mesma forma acontece em outros países, como por exemplo no Chile e na Colômbia, onde leis de reforma da educação propostas pelos governos tem o claro objetivo de transformar a educação em mercadoria.
Mesmo com os avanços desses processos de privatização da educação, os estudantes seguem se organizando e se mobilizando, como demonstram os estudantes chilenos que estão em luta desde o inicio desse ano e os estudantes colombianos, que há cinco semanas estão em greve e hoje fazem uma grande marcha em defesa da educação pública. Para os estudantes chilenos e colombianos, todo nosso apoio e solidariedade.
É nosso dever e nossa tarefa defender uma educação pública, gratuita e de qualidade para o campo e à cidade. Não podemos permitir mais que fechem escolas no meio rural como vem acontecendo nos últimos 10 anos, onde mais de 37.776 escolas do campo foram fechadas. Temos que defender a autonomia e a democracia dentro das universidades e escolas, com eleição direta para reitores e diretores.
Lutaremos por mais verbas para a educação, tendo na bandeira dos 10% do PIB para educação o nosso instrumento de luta para melhores salários aos professores, aumentar a verba para assistência estudantil, expandir o ensino público com contratação de professores e técnicos administrativos e a melhoria da infraestrutura das escolas e universidades no campo e na cidade.É nosso dever e nossa tarefa defender uma educação pública, gratuita e de qualidade para o campo e à cidade. Não podemos permitir mais que fechem escolas no meio rural como vem acontecendo nos últimos 10 anos, onde mais de 37.776 escolas do campo foram fechadas. Temos que defender a autonomia e a democracia dentro das universidades e escolas, com eleição direta para reitores e diretores.
Repudiamos a ação truculenta e antidemocrática da polícia de São Paulo sob o comando do governador Geraldo Alkmin e do Reitor João Grandinho Rodas. Basta de repressão e criminalização das lutas sociais!
Por esse compromisso histórico do MST com a Educação Brasileira, viemos por meio desta carta demonstrar toda a nossa solidariedade e apoio aos estudantes da Universidade de São Paulo, que lutam por autonomia e democracia nos rumos dessa importante universidade do nosso país para que ela represente de fato os anseios do povo brasileiro.
http://www.mst.org.br/MST-manifesta-solidariedade-aos-estudantes-da-USP#.TsLkSAXAcx0.facebook
Direção Nacional do MST