quarta-feira, 4 de junho de 2014

Juventude às Ruas participa de debate sobre terceirização na música da USP


No último dia 30 de Maio, sexta feira, os estudantes da música em conjunto com nós, militantes da Juventude às Ruas e militantes do grupo de mulheres Pão e Rosas, organizaram um debate sobre a terceirização dentro e fora da Universidade. Essa atividade foi impulsionada principalmente depois de um infeliz acontecimento: um funcionário terceirizado vigilante, em saída do trabalho, foi atropelado e morto na avenida politécnica na cidade universitária. Esse trabalhador, contrariando a tendência do isolamento e invisibilidade dessa categoria, possuía uma profunda relação com os alunos, além disso era um sambista intérprete, o que gerou a uma identificação desse trabalhador com os estudantes  da música. Entretanto, depois de sua morte o departamento e a empresa contratante apenas substituíram o funcionário por outro, sem nenhuma notificação do ocorrido o que impediu os alunos de, inclusive, irem ao seu enterro ou declararem um luto em sua homenagem. Tal atitude causou profunda indignação nos alunos e uma mobilização de denuncia do caso que por fim se deu na atividade onde estiveram presentes diversos terceirizados, amigos do Gelsão (como chamava o trabalhador falecido), intervindo nas falas com depoimentos pessoais de precarização que a terceirização impõem. Na mesa do debate estiveram militantes do Pão e Rosas e uma trabalhadora de fábrica que narraram suas experiências de luta no trabalho. 



A atividade teve fundamental papel na organização e politização dos estudantes que estão em greve em conjunto com os trabalhadores da USP contra o não reajuste salarial. A luta contra a terceirização agora é uma das principais bandeiras dos estudantes da música nessa greve, que sob a memória do nosso camarada Gelsão, se colocam a frente na aliança operário-estudantil contra a precarização do trabalho.

Companheiro Gelsão, presente! Agora e sempre!
Pela efetivação de todos os terceirizados sem concurso público!

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