A situação de calamidade em que
se encontram as políticas de permanência estudantil nos campi da UNESP denuncia
o caráter do projeto de universidade que temos por parte da REItoria e do
governo do estado de São Paulo. Os estudantes filhos da classe trabalhadora,
que já encontram dificuldade no acesso ao ensino superior através do filtro
social do vestibular, uma vez ingressos, sentem na pele a dificuldade em
permanecerem na universidade. A universidade pública, mantida com os impostos
pagos pelos trabalhadores, nega a eles o acesso, restringe a eles a
permanência, e volta sua produção de conhecimento a fins privados.
Os estudantes da Unesp de
Ourinhos, que além da infra-estrutura inadequada, têm políticas de permanência
quase zero, encontram-se ainda com atrasos de pagamento das poucas bolsas que
possuem. Frente a esta situação, contra este projeto de universidade imposto
por uma estrutura de poder autoritária, deram um exemplo aos outros campi
entrando em greve desde o dia 17 de Abril. (Mais informações em http://juventudeasruas.blogspot.com.br/2013/04/mocao-de-apoio-da-juventude-as-ruas.html)
Desde a deflagração da greve em Ourinhos temos estudantes de diversos campi da Unesp e de outras universidades articulando mobilizações. Não foi diferente na Unesp de Marília. A precariedade de políticas de permanência na UNESP de Marília é um impulso à luta dos estudantes. As bolsas BAAE (sócio-econômicas) nem de longe atendem as demandas. O recente anúncio dos contemplados gerou imensa revolta e preocupação dos estudantes que ficaram na lista de espera, sem perspectivas de como se manterem na universidade. O Restaurante Universitário está com sua capacidade mais do que insuficiente. É recorrente a chamada “fila dos desesperados” (estudantes que ficam de fora, sem refeições). Os trabalhadores do RU estão trabalhando para além de suas atribuições. A moradia estudantil está superlotada. (Mais informações em http://juventudeasruas.blogspot.com.br/2013/04/unesp-marilia-luta-por-permanencia.html)
Desde a deflagração da greve em Ourinhos temos estudantes de diversos campi da Unesp e de outras universidades articulando mobilizações. Não foi diferente na Unesp de Marília. A precariedade de políticas de permanência na UNESP de Marília é um impulso à luta dos estudantes. As bolsas BAAE (sócio-econômicas) nem de longe atendem as demandas. O recente anúncio dos contemplados gerou imensa revolta e preocupação dos estudantes que ficaram na lista de espera, sem perspectivas de como se manterem na universidade. O Restaurante Universitário está com sua capacidade mais do que insuficiente. É recorrente a chamada “fila dos desesperados” (estudantes que ficam de fora, sem refeições). Os trabalhadores do RU estão trabalhando para além de suas atribuições. A moradia estudantil está superlotada. (Mais informações em http://juventudeasruas.blogspot.com.br/2013/04/unesp-marilia-luta-por-permanencia.html)
Somam-se a este quadro os ataques
aos estudantes do CAUM (Cursinho Alternativo da Unesp de Marília), que vem
sofrendo com corte de materiais, suspensão de direitos de uso da
infra-estrutura da faculdade pelos alunos, redução da autonomia política da
auto-organização dos estudantes, ausência de acessibilidade adequada a
estudantes com deficiências motora, ausência de intérpretes de libras a
estudantes com deficiência auditiva.
Estas e outras demandas têm
impulsionado as lutas dos estudantes desde o começo do ano, com atos e "entraços" no RU. As reivindicações por permanência estudantil no fundo são reivindicações
contra um projeto de educação que não se encerra na Unesp de Marília. Neste
sentido, uma das importantes lutas que em Marília travamos é um combate ao PIMESP,
que é uma ameaça aos trabalhadores e negros do estado de São Paulo.
Recentemente demos saltos de
organização, ao fazermos assembléias gerais conjuntas dos estudantes da
graduação com os estudantes do CAUM, tendo estes últimos direito a voz e voto. Da
assembleia geral tiramos uma agenda de mobilizações que, partindo das pautas
mais locais, nos permite entender a necessidade de lutar contra a estrutura de
poder da universidade, que é um instrumento para a implementação deste projeto
elitista de educação.
No dia 23, após uma congregação
aberta na qual ficou clara a impossibilidade de atendimento de nossas demandas
por dentro da estrutura de poder deste órgão máximo de deliberação do campus,
ocorreu uma ampla assembléia estudantil no gramado do saguão principal da Unesp
de Marília, como não se via desde de 2007. Cerca de 500 estudantes deliberaram
por greve e ocupação do prédio da direção por tempo indeterminado! A decisão se
deu por contraste, e na mesma noite os estudantes deram início à mobilização! Na
quarta-feira já soltamos um cronograma de atividades!
O projeto de universidade tem a
mesma lógica elitista em todos em campi da Unesp. Portanto, urge a construção
de um CEEUF combativo, e a unificação da lutas a nível estadual e federal!
Não deixaremos de lutar enquanto
nossas demandas não forem atendidas!
Abaixo o Pimesp! Por cotas
proporcionais!
Por uma universidade pública à
serviço da classe trabalhadora!
Pelo acesso irrestrito à
universidade com o fim do vestibular e políticas efetivas de permanência
estudantil!
Juventude às Ruas - Marília
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