Nas
últimas semanas, vimos a juventude brasileira se aproximar do ritmo
internacional da juventude que questiona os ataques dos governos
sobre as condições de vida da população, levando com isso
milhares às ruas em todo o país.
Após
barrar o aumento da passagem do transporte em Goiânia, Porto Alegre,
Teresina, barramos nas ruas estes mesmos ataques em São Paulo, Rio
de Janeiro e Campinas.
Em
meio a esses atos que tinham força para se tornarem fortes
questionamentos do regime político, que se arriscou frente a
policiais sedentos pela mais dura repressão, diante desta nova
conjuntura a estratégia do governo alterou-se do dia para a noite.
Viram que poderiam com o uso da legitimação dos atos de rua,
capitalizar o processo para um apoio ao governo e por um forte
nacionalismo, protegendo os alicerces da estabilidade petista.
Conforme
os atos foram tornando-se maiores e massivos, passaram a
também ser aproveitados pela direita. A despolitização decorrente
da ofensiva neoliberal dos últimos 30 anos ajudou a difundir ideias
como a do “fim da história”, do “fim da era das
revoluções”, do "fim da política" e do culto ao
individualismo em contraponto à organização coletiva e partidária.
Foi a forma com que o discurso oficial buscou afastar a juventude e
os trabalhadores da arena da luta política. Direitistas de forma
oportunista surfam em cima da despolitização e alimentam o discurso
anti-partido com o claro objetivo de afastar e isolar a esquerda, os
partidos políticos revolucionários, sindicatos e movimentos sociais
combativos. Assistimos no ato a queima e baixada forçada das
nossas bandeiras vermelhas. Esse sentimento, por vezes legítimo de
jovens que vêm o papel de manutenção da ordem opressora que
cumprem os partidos burgueses, como o PT, PSDB, PP, PCdoB, PMDB, PP,
etc, não pode ser transmitido a um ódio contra os partidos de
esquerda, operários, como é o caso do PSTU, PCO, POR, LER-QI, etc,
estes que tiveram seus semelhantes proibidos e perseguidos na
ditadura militar devem não só ser apoiados pelo movimento, seja ele
independente ou anarquista, como também fisicamente defendidos da
direita organizada, que prefere atacá-los covardemente a questionar
o papel dos partidos da ordem, dos defensores organizados da
burguesia.
Neste
vídeo (https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=eLp5JKZgU4I#at=61)
militantes do PSTU são atacados por segurarem uma bandeira, e
sabemos que isso só ocorre com os companheiros por serem
reconhecidamente um partido operário, e que um ataque como esse
representa um ataque à classe operária organizada. Repudiamos este
e qualquer ataque reacionário e ditatorial aos partidos da esquerda,
e nos colocamos à disposição para compôr frentes em defesa dos
partidos, contra essa direita organizada, conforme já foi convocado
por PSTU e PCO.
Convidamos
também todos os jovens e trabalhadores a estarem em todos os atos
junto das bandeiras vermelhas, para garantir que essa histórica
conquista, o direito de livre organização, seja
mantida, impulsionando um grande bloco coeso e que garanta com
todas nossas forças intelectuais e físicas nossa auto-defesa bem
como nosso direto de levantarmos nossas bandeiras vermelhas e
gritarmos nossas palavras de ordem.
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